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terça-feira, 20 de janeiro de 2015

BOMBA! Gabrielli diz ao TCU que #Dilma Também tem de ser responsabilizada por Pasadena

Por Carlos Parrini ... 

O cerco já está se fechando. Todos os envolvidos nessa máfia criada para roubar dentro do Governo do PT, estão abrindo os bicos. O único otário que ficou quieto, Marcos Valério, está cumprindo 40 anos de cadeia. Enquanto isso, seus protegidos continuam nadando no mar de lama protegidos pela Justiça,, Congresso e Presidencia. 
Vide Graça Foster que participou de toda essa roubalheira e ainda continua como PresidentA da Petrobrás. O próprio pessoal do Cerveró, outro petralha preso, até reclamou: Por que a Graça não ia presa junto?



O bom disso tudo é que seja por delação premiada, seja pelos próprios bandidos acusando uns aos outros, apareceu mais essa do Gabrielli, que também ajudou a roubar a Petrobrás e que pode colocar tudo a perder para sua patroa a Dilma Rousseff.
Depois dessa, qualquer blindagem cai por terra. Só não condenam se não quiserem, ou melhor, se receberem propina.



Vejam o Babado:

Gabrielli diz ao TCU que Dilma tem de ser responsabilizada por perdas de Pasadena


Em defesa enviada em dezembro ao tribunal, ex-presidente da Petrobrás afirma que Conselho de Administração da estatal à época da compra de refinaria dos EUA deveria ter o mesmo tratamento de Diretoria Executiva: todos têm de ter bens bloqueados

RICARDO GALHARDO - O ESTADO DE S. PAULO


Em defesa apresentada ao Tribunal de Contas da União, o ex-presidente da Petrobrás José Sergio Gabrielli pede para ser excluído, junto com outros dez ex-integrantes da Diretoria Executiva da estatal, do processo que determinou que o bloqueio de bens dos executivos responsáveis pela compra da refinaria de Pasadena, nos EUA. Caso o pedido não seja aceito, solicita que o Conselho de Administração que autorizou o negócio em 2006 seja responsabilizado pelo prejuízo da compra e tenha o mesmo tratamento dos ex-diretores: todos precisam ser ouvidos no processo e ter o patrimônio congelado.

Dilma Rousseff era presidente do Conselho de Administração da estatal à época. O argumento da hoje presidente da República para ter aprovado o negócio é que o conselho se baseou em um resumo técnico “falho” e “incompleto” a respeito do negócio. 

Em decisão preliminar de julho do ano passado, o tribunal isentou o Conselho de Administração. Na segunda, em resposta ao Estado, o TCU não descartou a possibilidade de arrolar Dilma e os demais ex-conselheiros no processo sobre a compra da refinaria (mais informações abaixo). 

Segundo concluiu o tribunal, o prejuízo da Petrobrás com o negócio foi de US$ 792 milhões. 

A defesa de Gabrielli argumenta que o Conselho de Administração teve tanta ou mais responsabilidade do que a Diretoria Executiva na compra da refinaria. 

Justificativa. No texto de 64 páginas, entregue no dia 5 de dezembro, Gabrielli diz que não se sustenta a justificativa de Dilma de que o relatório de Néstor Cerveró – então diretor de Internacional – era falho por omitir que o contrato tinha as cláusulas Marlim (que garantia rentabilidade mínima de 6,9% à Astra Oil, parceira da Petrobrás na refinaria) e Put Option (que obrigava a Petrobrás a comprar a parte da sócia se houvesse divergência de gestão).

De acordo com a defesa de Gabrielli, o Conselho tinha “obrigação de fazer uma avaliação criteriosa” de todos elementos do contrato antes de autorizar a compra, e contava com “os mesmos elementos fornecidos pelas mesmas pessoas” com os quais a Diretoria tomou a decisão. 



Outros países querem vender suas sucatas ao Brasil por alguns bilhões cada.

Dilma, Escândalos, Escândalos do PT, Escândalos PT, Governo Dilma, Justiça, LULA, Petrobras, Política, PT, corrupçao, charge lava-jato, Gabrielli

segunda-feira, 12 de maio de 2014

ISONOMIA

Por VsRoccha ... 
Blog "A Verdade Política" ... 

Existe uma frase de Lincoln que diz:
Quando um governo capitalista se corrompe, falta saúde, educação e segurança pública.
Defender as fronteiras contra o tráfico de drogas obrigaram a maior nação legalista do mundo a fazer muros na Fronteira com o México.
Eu faço apenas uma pergunta, porque não há muros na fronteira com o Canadá?
O apelido de América latrina convence.
Eu divago, sobre o fato de queimarem ônibus como protesto.
Quem destrói o que precisa?
Muita gente não sabe porque no Brasil é mais fácil comprar um carro do que um imóvel?
Imóvel é uma hipoteca, e o veículo é fiel depositário. Sem pagamentos o imóvel é retomado, o veículo também, mas você torna-se devedor para o resto da vida.
Outra coisa que influi nesse mercado, mais automóveis mais IPVA, mais seguros de veículos, mais consumo combustível, mais perrengues para as polícias, mais lucro para os atravessadores de peças e mais compra de drogas nos países vizinhos.
Até quando?
Um telefone celular dentro do seu carro com GPS dá a sua localização em instantes, por 40 reais por mês.
Certa vez numa palestra, vieram com um papo de economia socialista.
Ora, só existe dois tipos de sistemas econômicos, o CAPITALISMO  e o sistema de trocas. O capitalismo subdivide-se em várias variantes, puro, liberal, com reserva de mercado, com intervenção do estado e muitas outras.
O sistema de trocas é baseado nas necessidades, por exemplo 1 quilo de carne por um quilo de feijão, se ambos precisam.
A GM produz 1200 carros por dia, supondo que esses carros pesem 1000 quilos, levam 3 meses para produzir-se a mesma quantidade de arroz, e o governo paga menos de 1 real por cada quilo de arroz produzido.
Nem todo mundo PODE TER CARRO, ISSO É IMPOSSÍVEL, mas todo mundo precisa comer, e no Brasil torna-se utopia alimentar-se dignamente.
Nossa constituição é maldita, acabaram com a estabilidade dos empregados, e mantiveram a dos funcionários públicos, ou seja extirparam metade do câncer, enquanto nós nos aposentamos com fatores previdenciários, e redução das aposentadorias, alem de reajustes abaixo da inflação, os meninos de ouro do funcionalismo público  tem aposentadorias integrais, chegando-se ao cúmulo de alguns cargos aposentarem-se integralmente com 8 anos de trabalho, de três dias por semana e mais de 2 meses de férias.
Não existe ninguém sério, honesto, ético e moral para acabar com essas mamatas bastava uma OAB entrar com uma ação de inconstitucionalidade, baseada na ISONOMIA do artigo quinto da maldita.
A morte não é direito ou dever, é obrigação natural, agora dignidade, honestidade, ética, moral e justiça nessa merda de país é OPÇÃO.
BOM DIA...
  
ISONOMIA, JUSTIÇA, Charge Isonomia, Charge Justiça

domingo, 15 de setembro de 2013

#BOMBA! Min. Marco Aurélio apoia Protestos no STF em Brasilia, próxima Quarta


 

Por Carlos Parrini ... 

Embora o Ministro Barroso, que foi beneficiado com contrato sem licitação com o Governo, tenha dito que não se importa com pressões dos Jornais, parece que rogou praga contra si mesmo e a pressão está vindo de todos os lados da Sociedade. Até Ministros do STF querem que se acabe logo com esse Julgamento onde já foi provado exaustivamente que os condenados, são ladrões. 
Existem 2 tipos de crimes que são inafiançáveis: Falta de pagamento de pensão alimentícia e desvio de dinheiro público. Os mensaleiros do PT já foram condenados por desvios e, só por causa disso, já deveriam estar na cadeia, independente de outros crimes que eles estão pleiteando para se livrarem e adiando o processo de prisão. Por que só ladrão de galinhas e quem não paga pensão devem ser presos?
E a revolta está geral e as consequências ninguém sabe aonde vai chegar. Espero que o Ministro Barroso não se arrependa de ter dito algo tão infeliz num momento histórico e delicado do País.

Não querendo pressionar, pressionando.

Vejam o Babado:

Marco Aurélio pede protestos na porta do STF no próximo julgamento do Mensalão


Em entrevista ao Globo, diz que o STF está "à beira do precipício" e chega até a sugerir protestos na próxima quarta-feira contra o tribunal

247 - O julgamento da Ação Penal 470 parece ter se transformado numa luta de vale-tudo. Depois de manobrar, na semana passada, para que o voto decisivo de Celso de Mello fosse adiado em uma semana, reforçando a pressão midiática sobre o decano, Marco Aurélio Mello decidiu agir diretamente.

Neste domingo, uma entrevista sua em O Globo chega até a sugerir que manifestantes protestem diante do STF na próxima quarta-feira, quando Celso de Mello dará seu voto – provavelmente favorável – sobre a admissibilidade dos embargos infringentes. "As pessoas podem ficar decepcionadas, e isso pode levar a atos. A sociedade pode se manifestar, porque mostrou que não está apática. A manifestação pacífica é bem-vinda, é inerente à democracia", disse ele.

Marco Aurélio Mello prevê a pizza. "A leitura que o leigo faz é péssima, de que realmente o forno está aceso". Segundo ele, a suprema corte está hoje "à beira do precipício" com a possibilidade de novos recursos no processo. "A sociedade começou a acreditar no STF e agora, com essa virada no horizonte, de se rejulgar, há decepção".


Vejam o que já está rolando pelas Redes Sociais:


NÃO SOMENTE BRASÍLIA; MAS P-A-T-R-I-O-T-A-S DE TODAS AS REGIÕES DO BRASIL PODEM E DEVEM IR À "PRAÇA DOS TRÊS PODERES", PARA AGUARDAR ESSE IMPORTANTÍSSIMO RESULTADO SOBRE OS MENSALEIROS, QUE NÃO SÃO SEQUER DIGNOS DE SER BRASILEIROS!!!


Senadores pedem a Celso de Mello que vote contra novo julgamento

  • Ministro vai definir na próxima quarta-feira se haverá ou não um novo julgamento

REPORTAGEM-BOMBA DA REVISTA VEJA DEVASSA OS ESCANINHOS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ÀS VÉSPERAS DO DIA 'D' DO MENSALÃO: COMO VOTARÁ CELSO MELLO?





ÂNIMO E GARRA BRASILEIROS - BRASÍLIA É A VEZ
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=yNkV2lEV6p8#t=97









julgamento do mensalão, mensaleiros, ministro celso melo, ministro mar aurelio, STF, embargo infringente, justiça, corupção, PT, acorda brasil, charge justiça, blogosfera

segunda-feira, 18 de março de 2013

Recomendo: "O #Brasil rumo ao abismo" !


Por Médico Humberto de Luna Freire Filho ... 


Dilma inicia seu terceiro ano de governo dando continuidade aos roubos, à incompetência e aos desmandos vistos nos oito anos do governo anterior, dirigido por uma crápula de nome Luiz Inácio Lula da Silva, forjado nos porões de sindicatos e eleito presidente por uma sociedade crente, de boa fé, porém desinformada.
É verdade que a mulher já demitiu uma penca de ministros ladrões, todos deixados de herança pelo Exu de Garanhuns.
Os que continuaram no governo, somados aos novos nomeados podem não ser ladrões, mas são indubitavelmente incompetentes e estão levando o país ao abismo.
Nossa Economia desce a ladeira nas mãos de um cidadão que está mais perdido do que cego em tiroteio – PIB rastejando feito cobra e inflação em alta.
Esse indivíduo PETISTA que se diz ECONOMISTA , há sete anos dirige a economia deveria solicitar da rede Globo de Televisão vídeos com seus ridículos e irresponsáveis pronunciamentos sobre o nosso crescimento; inteirar-se de sua incompetência; envergonhar-se dela e, em seguida, em nome do bom senso solicitar demissão para o bem do Brasil. A manteiga está derretendo.
Educação está entregue ao cientista PETISTA Mercadante, um exímio elaborador de falsos dossiês. Sintomático – é doutor pela UNICAMP – título concedido de maneira suspeita e desmoralizante, dias antes, de o gênio assumir o ministério da Ciência e Tecnologia, principal provedor de verbas para a referida instituição.
Ele escolheu para defesa de tese os feitos econômicos do governo de seu guru, Luiz Inácio Lula da Silva. Gostaria de ler essa obra de arte. Aproveito a oportunidade para encarecidamente solicitar de alguém que a possua, o envio de uma cópia.
Para os que não sabem ainda, vale lembrar que, nessa mesma universidade, a atual presidente Dilma tentou obter  ilicitamente dois títulos de pós graduação (Mestrado e Doutorado) para mostrar na sua campanha presidencial, mas que felizmente foi desmascarada a tempo.
Justiça está nas mãos do incompetente José Eduardo Cardoso.
Esse ministro recentemente reconheceu publicamente que os presídios brasileiros são medievais como se a responsabilidade por isso não fosse dele e do próprio Ministério da Justiça.
Está à frente da Justiça há dois anos e ainda não aprendeu a administrar a verba à disposição da instituição que dirige. Mas, nem por isso ele deixa de ser um eloquente orador do Foro de São Paulo, ideia parida pela múmia Fidel Castro e adotada pelo ex-presidente brasileiro. Esse Apedeuta e Ladrão do dinheiro público uma verdadeira  excrescência encontrou em terras Tupiniquins dedicadas amas de leite que o fizeram crescer e hoje tonou-se uma ameaça às instituições democráticas do Brasil e de outras repúblicas Sul Americanas.
Minas e Energia está entregue a um político decrépito, pau mandado a serviço da capitania hereditária do Maranhão da família dos Sarney. Essa cavalgadura não consegue distinguir uma tomada de corrente do focinho de um porco.
Apesar dos apagões – “interrupções” na novilíngua petista, ele continua com o apoio do Planalto à frente de um dos setores mais importantes para o desenvolvimento do país, o energético. Não tenho intimidade com a peça, mas já li de fontes bem informadas que até a tintura do cabelo ele escolhe errado. Mesmo assim continuaremos com Lobão, o precursor do lampião.
O setor dos Transportes lembra as construções medievais, seus castelos e igrejas, não pelo estilo, mas pela demora na conclusão.
Temos uma ferrovia, a Norte-Sul, que encontra-se em construção há 25 anos. O dinheiro que já foi roubado daria para construir pelo menos mais três ; a Leste-Oeste, a Noroeste-Sudeste e a Nordeste-Sudoeste.Uma verdadeira rosa dos ventos ferroviária. Só para lembrar, o setor é dominado por Waldemar da Costa Neto, um bandido condenado como membro atuante da quadrilha do mensalão, em última instância pela suprema corte (STF). Porém no país do faz de conta ele continua deputado e manda no pedaço.
A Saúde pública não existe. Desse setor eu falo com conhecimento de causa, afinal sou médico. Já trabalhei no serviço público, onde jamais voltaria a trabalhar. Nunca serei cúmplice de assassinatos. Saibam que estão matando a população pobre como se fossem moscas. Não culpo a classe médica nem os para-médicos. Ambos os segmentos profissionais são vítimas desse governo corrupto que usa o dinheiro público para engordar conta corrente de bandidos; para manter um Congresso caro, podre e submisso; para financiar compra de votos através de falsos programas de inclusão social ao custo de R$ 21 bilhões em 2012; para aparelhar o Estado com 21.000 nomeações em cargos chaves da administração.
Para concluir, e fechar com chave de ouro a podridão reinante no país, recentemente tomamos conhecimento que o contribuinte brasileiro também financiava as orgias sexuais do ex presidente com uma prostituta conhecida como “Rose” em viagens ao exterior, desrespeitando inclusive normas internacionais, pois a teúda e manteúda adentrava outros países como clandestina.
Oficialmente ela não fazia parte da comitiva, (embarcava clandestinamente) basta conferir no Diário Oficial da União, até porque sua função de prestadora de “serviços” na suite presidencial do Aerolula, onde tinha livre acesso, segundo oficiais da Aeronáutica, não condizia muito com a moralidade de um governo que se diz sério.
Esse, decididamente não é o Brasil que nós queremos e que as pessoas de bem merecem.


Os Corruptos estão comandando o País sem serem punidos.
Ninguém faz nada porque são coniventes.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

#MudaBrasil! Balanço Político 2012: Justiça e Corrupção.



Tempos de justiça e corrupção

Exceção feita às eleições municipais, cuja importância foi enorme, o ano político de 2012 termina sob o signo da corrupção e da busca de justiça e de equilíbrio entre os Poderes da República.
De Carlos Cachoeira a Rosemary Noronha, passando pelo julgamento do mensalão e chegando às denúncias de Marcos Valério, tivemos um eixo. Uma nova fase pareceu despontar na vida nacional. O protagonismo e o prestígio de que o Supremo Tribunal Federal passou a desfrutar emergem como fato novo, que ainda terá de ser bem compreendido, até para se ver em que medida implica o rebaixamento dos outros Poderes.
O fio que liga os crimes - de uma forma ou de outra associados a formação de quadrilha, tráfico de influência, corrupção ativa e peculato - é o mesmo que une negócios e política, ou seja, que mostra a invasão da política pelo mercado e pelo dinheiro. Seu ponto de partida, no Brasil recente, desponta na votação da emenda da reeleição de FHC e nas privatizações dos anos 90 e encorpa com o caso Waldomiro Diniz (março de 2004), assessor da Casa Civil da Presidência flagrado recebendo propina. Passa pelo mensalão, pelas denúncias de compra de dossiês falsos contra políticos, pelas relações de Cachoeira com políticos de vários partidos e culmina no caso Rose. Fica dramaticamente reforçado com as declarações de Valério comprometendo Lula no mensalão.
É inevitável que bombas desse tipo estourem no colo do PT. O partido tornou-se a bola da vez, o adversário a ser batido. Cresceu, paradoxalmente, durante os anos em que mais se sabe de casos de corrupção. Elegeu e reelegeu Lula, elegeu Dilma, ganhou eleições em Estados e municípios antes inacessíveis, tornou-se uma potência política, caminhando como se nada o atingisse ou prejudicasse. Suas cúpulas insistem em associar as denúncias de corrupção a um plano sórdido da direita, da mídia e da "Justiça conservadora" para desconstruir o PT, desestabilizar seus governos e ocultar suas conquistas. Não percebem que o argumento é ruim, insistem em não reconhecer erros e escolhas equivocadas, prolongando a percepção de que o partido naturaliza a corrupção.
O poder é, em si mesmo, possibilidade e armadilha. Concede aos que dele se aproximam múltiplas vantagens, mas também abre as portas para a tentação, os falsos amigos, as negociatas. Os poderosos muitas vezes se embriagam com os trunfos de que passam a dispor: nomear, indicar, pedir e decidir tornam-se verbos que se confundem no seu léxico e que os fazem, com frequência, meter os pés pelas mãos.
O poder não é imune ao tempo. Tende a se desgastar com o andar do relógio. O poderoso se entedia e passa a ser atraído ou pela inércia ou pela disposição ao risco. O tempo do poder também acompanha o tempo social, precisa decifrá-lo e se ajustar a ele. Hoje, neste tempo de redes, conectividade, informações livres e reflexividade em que vivemos, o poder não consegue mais fazer o que fazia antes. O sistema político-administrativo copia a estrutura em rede da vida, vendo crescer focos de competição dispostos horizontalmente. O poder precisa negociar, ouvir e dialogar mais, lidar com obstáculos e desafios constantes. Está mais exposto, tem menos aura e opera muitas vezes rés ao chão, enfiando-se em arapucas "mequetrefes". Pode cair em descontrole agudo.
Controles rigorosos não combinam com redes e conectividade. Nomear um assessor pode ser o primeiro passo para o inferno: subordinados tendem a se tornar pequenos reis e rainhas de pequenos feudos, nichos de onde operam e corrompem. O caso Rose é emblemático. Beneficiada pelo vínculo pessoal que manteve por anos com Lula e outros poderosos, ela viabilizou um esquema nas barbas do poder. O esquema ganhou vida própria, envolvendo os que o patrocinaram e dele se beneficiaram.
Não se trata de relativizar, muito menos de diminuir a responsabilidade dos dirigentes. Ninguém chega ao comando de um escritório regional da Presidência sem o devido apoio superior. Mas é preciso dar a cada um a sua parcela de culpa. Não é plausível analiticamente (embora funcione como agitação) que se estabeleçam a priori linhas de comando trabalhando em prol da corrupção, como se determinados partidos ou políticos fossem especializados na prática de crimes. Há mais afã desbragado pelo aproveitamento das oportunidades de poder e muito mais aparelhamento de agências e órgãos estatais - um aparelhamento que, à diferença do tradicional, pode até mesmo receber verniz ideológico, "anticapitalista". Cada época tem seu tipo particular de corrupto, e o de hoje parece ser o "facilitador".
Nas décadas recentes, muitas pessoas desejosas de ascensão social, emprego e prestígio foram projetadas em postos-chave do Estado, enredando-se em esquemas e maracutaias. Seus padrinhos conhecem as regras do jogo, não podem ser isentados de culpa. Não há mais "idealistas" no âmbito público e estatal. Também não há como contar com os mecanismos de controle da burocracia, cujas normas e cujo ethos jamais prevaleceram impávidos entre nós. Com isso as oportunidades de aparelhamento aumentaram sensivelmente. As correias de transmissão entre Estado, partidos e particulares ficaram descontroladas.
Precisaremos de tempo e determinação para que os atores entendam a nova estrutura da vida e domem os sistemas. Mas quanto antes começarmos a nos mexer em sentido reformador, melhor. Muito pode ser feito a partir da organização da indignação e dos desejos de se ter um País mais decente. Se aqueles que se mostram aguerridos no combate aos escândalos de hoje capricharem na mira, poderão funcionar como um polo de ativismo ético-político que ajudará a que se processem os escândalos que ainda virão, reduzindo paulatinamente a sua potência.
Bom 2013 para todos.
* PROFESSOR TITULAR DE TEORIA POLÍTICA E DIRETOR DO INSTITUTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS E RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA UNESP

Retrospectiva de um mensaleiro.

terça-feira, 19 de junho de 2012

#BOMBA! Justiça Processa Aloprados do PT pelo #DossiêPelocano:

Demorou mais saiu. Pelo menos a Justiça não está se deixando intimidar por essas ratazanas que se apossaram dos cofres públicos.
Já se passam 18 meses que Dilma assumiu e até o presente momento não fez nada contra os ladrões dos cofres públicos que a rodeia. A Imprensa investigativa tira o lixo de debaixo do tapete do Planalto e a PresidentA colocá-os embaixo de outro tapete e ainda leva fama de faxineira. 
Podem falar mal de Collor e até com razão, mas uma coisa era certa: Ele foi um caçador de Marajás e por isso foi cassado. Mas pelo menos fez alguma coisa de coragem (Já o confisco da poupança não foi ato de coragem e sim de covardia).
Já Dilma, além de medrosa é covarde. Está no poder apenas como fantoche, presa a coligações de criminosos que dão as cartas no Governo. Ainda não fez nada até agora, apenas seguindo a Cartilha de FHC e ampliando as esmolas. O que tem feito muito além de esconder os crimes dos cumpanheros, é doar nosso dinheiro para outros países, investido fortunas irrecuperáveis em Copas e Olimpíadas, tendo empreiteiras corruptas como a DELTA, administrando as obras.
A Saúde está pior do que a que Lula deixou que já era péssima. Ainda não inaugurou nenhuma das 6.000 creches prometidas em campanha. Parece Sergio Malandro fazendo aquelas pegadinhas de mal gosto.


Mas é aquela história: "A Justiça tarda mais não falha". Chegou a vez dos Aloprados de Lula e Aloísio Mercadante acertarem as contas. Mas um servicinho para o Advogado de Bandidos Márcio Thomas Bastos faturar. Se Carlinhos Cachoeira pagou a esse Advogado do PT a mixaria de R$ 15 milhões, imaginem quanto os Aloprados não pagarão, sentandos em cima de nosso dinheiro? Pra eles, dinheiro público é uma mixaria. Pra nós, dinheiro público salva vidas.

Vejam a matéria conforme publicada pelo Blog do Josias:

Dossiê dos Aloprados: seis anos depois, Justiça abre ação penal e petistas vão ao banco de réus 





Num instante em que o PT inquieta-se com a proximidade do julgamento do mensalão no STF, um segundo fantasma ressurge do passado para assombrar a legenda na eleição municipal de 2012. Sem estrondos, o juiz federal Paulo Cézar Alves Sodré, titular da 7Vara Criminal da Seção Judiciária de Mato Grosso, abriu há quatro dias uma ação penal contra os petistas envolvidos no caso que ficou conhecido como escândalo do Dossiê dos Aloprados.
Datado de 15 de junho, o despacho do magistrado converteu em réus nove personagens que tiveram participação na tentativa de compra de documentos forjados que vinculariam o tucano José Serra à máfia das ambulâncias superfaturadas do Ministério da Saúde. Entre os encrencados, seis são petistas. Os outros três são ligados a uma casa de câmbio usada para encobrir a origem de parte do dinheiro que seria usado na transação.
O caso escalara as manchetes às vésperas do primeiro turno das eleições gerais de 2006, quando a Polícia Federal prendeu em flagrante, no Hotel Íbis, próximo do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, dois petistas portando R$ 1,7 milhão (uma parte em dólares). Exposto no noticiário da época (veja foto lá no alto), o dinheiro seria usado na transação. Relegado ao esquecimento, o episódio parecia condenado ao arquivo. Engano. Acaba de renascer.
Deve-se a ressurreição a três procuradores da República: Douglas Santos Araújo, Ludmila Bortoleto Monteiro e Marcellus Barbosa Lima. Lotados no Ministério Público Federal de Cuiabá, eles formalizaram em 14 de junho, quinta-feira da semana passada, uma denúncia contra os acusados. Recebida pelo juiz Paulo Cézar, a peça deu origem à ação penal aberta no dia seguinte.
No seu despacho, o magistrado determinou a citação dos réus para que respondam às acusações “no prazo de dez dias”. As citações serão feitas por meio de cartas precatórias, já que a maioria dos acusados não mora em Cuiabá, sede da 7Vara Criminal de Mato Grosso. São os seguintes os ‘aloprados’ que serão intimados a prestar contas à Justiça:
1Gedimar Pereira Passos: policial federal aposentado, foi preso em flagrante pela Polícia Federal no hotel de São Paulo. Gedimar (foto à esquerda) portava R$ 700 mil em dinheiro. Integrava o comitê da campanha à reeleição de Lula, em 2006. Foi escalado pelo PT para pagar o dossiê urdido contra o tucano Serra.
2Valdebran Carlos Padilha da Silva: empresário matrogrossense, era filiado ao PT e operava como coletor informal de verbas eleitorias para o partido. Foi ele quem informou ao PT federal sobre a existência do dossiê. Estava junto com Gedimar Passos no hotel paulistano. Também foi preso. Carregava R$ 1 milhão.
3Jorge Lorenzetti: ex-diretor do Banco do Estado de Santa Catarina, é amigo de Lula, para quem assava churrascos na Granja do Torto, em Brasília. Lorenzetti (foto à direita) integrou o comitê de campanha do PT, em 2006, como chefe do Grupo de Trabalho de Informação. Chefiava uma equipe voltada a ações de espionagem e “inteligência”. Comandou a malograda tentativa de compra do dossiê.
4Expedido Afonso Veloso: ex-diretor do Banco do Brasil, também compôs a equipe do comitê reeleitoral de Lula. Reportava-se a Lorenzetti. Foi escalado para viajar a Cuiabá a fim de analisar os dados contidos no dossiê montado contra Serra.
5Oswaldo Martines Bargas: amigo de Lula dos tempos de militância sindical no ABC paulista, integrava o núcleo de “inteligência” da campanha nacional do PT. Recebeu de Lorenzetti a ordem para acompanhar Expedido Veloso na viagem a Cuiabá. Juntos, deveriam presenciar uma entrevista dos vendedores do dossiê –os empresários matogrossenses Darci e Luiz Antônio Vedoin, pai e filho— à revista IstoÉ. A entrevista, informa o Ministério Público, era parte da trama. Destinava-se a dar visibilidade às denúncias contra Serra.
6Hamilton Broglia Feitosa Lacerda: atuava em 2006 como coordenador da campanha do ex-senador Aloizio Mercadante. Então candidato ao governo de São Paulo, Mercadante media forças com Serra, que prevaleceu nas urnas. Hamilton Lacerda (foto à esquerda) foi filmado pelo circuito interno de câmeras do hotel Íbis entregando dinheiro a Gedimar Passos, o policial federal que foi preso em flagrante. Foram duas remessas. Numa, as notas estavam acondicionadas numa valise. Noutra, em sacolas.
7Fernando Manoel Ribas Soares: era sócio majoritário da Vicatur Câmbio e Turismo Ltda, empresa utilizada no esquema para lavar parte dos dólares que financiariam a compra do dossiê.
8Sirley da Silva Chaves: Também ex-proprietária da Vicatur, recrutou pessoas humildes para servir como “laranjas” na aquisição de parte dos dólares apreendidos pela PF no hotel de São Paulo.
9Levy Luiz da Silva Filho: cunhado de Sirley, foi um dos “laranjas” utilizados no esquema. Em troca de uma comissão de R$ 2 mil, emprestou o próprio nome e recolheu as assinaturas de outros sete integrantes de sua família –um laranjal que incluiu dos pais aos avós. Rubricavam boletos de venda de moeda americana em branco. Eram preenchidos na Vicatur.
Para redigir a denúncia encaminhada ao juiz Paulo Cézar, os procuradores Douglas Araújo, Ludmila Monteiro e Marcellus Lima valeram-se de informações coletas em inquérito da Polícia Federal e numa CPI do Congresso. Só o trabalho da PF, anexado ao processo de número 2006.36.00.013287-3, reúne mais de 2.000 folhas. Foram inquiridas cinco dezenas de pessoas. Realizaram-se 28 diligências. Quebram-se os sigilos fiscal, bancário e telefônico dos envolvidos.
Imaginava-se que o esforço resultara em nada. Mas os procuradores encontraram nos volumes do processo matéria prima para a denúncia. E o juiz considerou que ficou “demonstrada a existência da materialidade e de indícios de autoria” dos crimes. Daí a conversão da denúncia em ação penal e a transformação dos acusados em réus.
No miolo da denúncia do Ministério Público, obtida pelo blog, ressoa uma pergunta que monopolizou o noticiário na época do escândalo: de onde veio o dinheiro? A resposta contida nos autos, por parcial, frustra as expectativas. Mas não completamente. Os procuradores anotam que “grande parte do dinheiro” apreendido pela PF no hotel de São Paulo não teve a origem detectada. Por quê? “Apresentava-se em notas velhas, sem sequenciamento de número de ordem e sem identificação da instituição financeira.” Porém…
Foi possível rastrear uma “parte diminuta das cédulas” recolhidas pela PF na batida policial de 15 de setembro de 2006. Eram dólares. “Cédulas novas, que estavam arrumadas em maços sequenciais.” Servindo-se dos números de série das notas, a Divisão de Combate ao Crime Organizado de Brasília requisitou informações ao governo dos EUA. “Em resposta, o Departamento de Justiça Americano informou que os dólares tiveram origem em Miami”, anotam os procuradores na denúncia.
Seguindo o rastro do dinheiro, descobriu-se que parte dos dólares fez escala numa casa bancária da Alemanha, o Commerzbank. Dali, o lote foi remetido, em 16 de agosto de 2006, para o Banco Sofisa S/A, sediado em São Paulo. Para desassossego dos “aloprados”, o Federal Bureau of Investigation dos EUA farejou a origem de outro naco de dólares apreendidos pela PF. Coisa de US$ 248,8 mil. Compunham um lote de US$ 15 milhões adquirido em 14 de agosto de 2006 pelo mesmo Banco Sofisa junto à filial do alemão Commerzabak em Miami.
Munido das informações, os investigadores acionaram o Banco Central. A quebra dos sigilos bancários levou à seguinte descoberta: parte dos dólares apreendidos no hotel paulistano em poder de Gedimar Passos e Valdebran Padilha havia saída do Banco Sofisa para a corretora de câmbio Dillon S/A, sediada no Rio. Dali, as notas foram repassadas, em várias operações de compra, à Vicatur Câmbio e Turismo Ltda., também do Rio.
Na sequência, o Núcleo de Inteligência da PF varejou a clientela da casa de câmbio Vicatur. Chegou-se, então, ao ‘laranjal’ composto de pessoas humildes. Gente que, sem renda para adquirir dólares, foi usada para dificultar o rastreamento do dinheiro. Inquirido, Levy Luiz da Silva Filho, um dos réus do processo, confessou que servira de laranja. Mais: reconheceu que, em troca de uma comissão de R$ 2 mil, coletara as assinaturas de sete familiares. Juntos, “compraram” na Vicatur o equivalente a R$ 284.857 em moeda americana.
Os procuradores escreveram na denúncia: “Ocorre que, não por mera coincidência, verificou-se que a soma exata de R$ 248,8 mil vendidos a clientes finais pela empresa Vicatur (todos ‘laranjas’conforme depoimentos prestadoso) correspondia à mesma soma dos valores apreendidos” com os petistas Gedimar e Valdebran.
“Desse modo”, concluíram os procuradores, “constata-se que Gedimar Pereira Passos, Valdebran Padilha, Expedito Veloso, Hamilton Lacerda, Jorge Lorenzetti e Osvaldo Bargas se associaram subjetiva e objetivamente, de forma estável e permanente, para a prática de crimes contra o sistema financeiro nacional e de lavagem de dinheiro”.
Crimes que “tinham por fim a desestabilização da campanha eleitoral de 2006 ao governo do Estado de São Paulo através de criação de vínculo entre o candidato do PSDB [Serra] à máfia dos Sanguessugas [que superfaturava ambulâncias com verbas do Ministério da Saúde] e, com isso, favorecer o então candidato do PT [Mercadante].”
Em notícia veiculada em junho do ano passado, a revista Veja revelara que, em conversas com companheiros de partido, um dos ‘aloprados’, Expedito Veloso (foto ao lado), revelara que o verdadeiro mentor do plano do dossiê fora Aloizio Mercadante. Nessa época, o então senador chefiava o Ministério da Ciência e Tecnologia, sob Dilma Rousseff. As conversas foram gravadas e expostas no site da revista.
No áudio, Expedito declara a certa altura: “O plano foi tocado pelo núcleo de inteligência do PT, mas com o conhecimento e a autorização do senador. Ele, inclusive, era o encarregado de arrecadar parte do dinheiro em São Paulo”. Segundo Expedito, Mercadante associara-se ao presidente do PMDB de São Paulo, Orestes Quércia, morto no final de 2010.
“Faltavam seis pontos para haver segundo turno na eleição de São Paulo”, prosseguiu Expedito. “Os dois [Mercadante e Quércia] fizeram essa parceria, inclusive financeira. [...] As fontes [do dinheiro] são mais de uma. [...] Parte vinha do PT de São Paulo. A mais significativa que eu sei era do Quércia.”
Mercadante negou as acusações. Ele chegara a ser indiciado pela PF no inquérito aberto em 2006. Mas, seguindo parecer da Procuradoria-Geral da República, o STF anulou o indicamento por falta de provas. Agora, em ofício enviado ao juiz Paulo Cézar, os procuradores Douglas Araújo, Ludmila Monteiro e Marcellus Lima voltaram a excluir Mercadante da grelha.
Anotaram: “Relativamente ao crime eleitoral, a autoridade policial, em seu relatório, entendeu que a omissão de receita ou despesa em prestaçãoo de contas de campanha é crime previsto no artigo 350 do Código Eleitoral, o qual prevê que ‘constitui falsidade ideológica a ação de omitir, inserir ou fazer inserir declaraçãoo falsa ou diversa da que devia ser escrita, para fins eleitorais’.”
“No entanto”, prosseguem os procuradores no texto, “certo é que o próprio STF já afastou a modalidade especial de falsidade ideological, por ausência de comprovação de dolo por parte do senador Aloizio Mercadante. Aliado a isso, os laudos de exame financeiro não demonstraram que os recursos provieram de campanha eleitoral.”
Mais adiante, vem a conclusão que excluiu Mercadante da nova denúncia: “Logo, de todo o conjunto probatório colhido, verifica-se a ausência de prova quanto à saída de recursos da caixa de campanha eleitoral, bem como a comprovação da existência de caixa dois para trânsito de recursos por meios ilícitos…”
Afora Mercadante, também o deputado Ricardo Berzoini foi mantido longe da denúncia. Ele presidia o PT em 2006. Coordenava o comitê reeleitoral de Lula. O núcleo de inteligência da campanha, ninho dos ‘aloprados’, reportava-se a Berzoini. Mas ficou entendido que quem comandou a ‘alopragem’ foi Lorenzetti, o churrasqueiro de Lula.




sexta-feira, 1 de junho de 2012

O BRASIL DIVIDIDO EM CASTAS

Vivemos a “Era do Esculacho Social” (ESC). Onde se propuser investigar o setor público encontrar-se-ão as mais diversas fraudes, excessos e desvios de poder, todas ensejadoras dos mais diversos crimes contra a administração pública, e, por conseguinte, violadora dos interesses sociais, tudo de forma sedimentada como mola propulsora de um sistema que assim funciona, e ponto. É quase que inviável a tentativa de se dimensionar o tamanho desse esculacho, poder-se-ia apenas asseverar, bastando um tímido olhar perfunctório do sistema, que os efetivos das polícias e do MP revelar-se-iam risíveis quantitativamente, para um país que pretendesse investigar e punir esses verdadeiros transgressores da República. Uma lamentável constatação da mais pura autodegradação humana em seus sentidos ético-morais apodrecidos, que mesmo banhados aos mais caros perfumes franceses, adquiridos com o dinheiro público, não disfarçam o cheiro de merda da pior olfação.
Fatos contundentes desse esculacho ocorrem a cada minuto nesse país. Tomamos conhecimento, via imprensa, de uma dízima periódica desses fatos sistematizados, e sabemos que uma outra dízima periódica daquela, que resta descoberta, refoge do campo da impunidade e se subsume aos rigores temperados da lei... Seria demais concluirmos que não alcançamos o posto de um verdadeiro “Estado Democrático de Direito” conforme expressa previsão constitucional nos vêm a anunciar? Seria um engodo constitucional? Analisemos partilhando a expressão “Estado Democrático de Direito”.
Pois vejam:
A sociedade civil servil, o povo, vive indubitavelmente um Estado de Direito. Nós, reles cidadãos comuns, devemos total respeito ao ordenamento jurídico, sob pena de sermos punidos nos rigores da lei. Se roubarmos um cacho de bananas, corremos o risco de sermos condenados pela subtração, se o magistrado entender não ter ocorrido o crime de bagatela, considerando ter havido violência, ou simplesmente entender por não aplicar o benefício da bagatela por ter acordado de mau humor. O cidadão que sonega parcela de seus tributos e cai na malha fina, roda. A lei como reguladora social do cidadão comum procura cumprir o seu papel, ainda que o Estado se revele costumeiramente incompetente fiscalizador, donde se conclui que a sociedade civil servil vive sim um Estado de Direito, ainda que por vezes distorcido de sua finalidade. E seria democrático esse Estado de Direito? Em uma sociedade que parcela considerável encontra-se às margens da dignidade, com prestações públicas “indignas pra cachorro”, onde educação, saúde, transporte e segurança se mostram extremamente deficitárias, não podemos ventilar tratar-se de uma sociedade democrática. Como falar de democracia onde a dignidade não está democratizada? Até porque, sem educação, os instrumentos democráticos ou não são utilizados ou são subutilizados, como uma linda canção soada à quem não pode ouvir...
Quando tratamos da sociedade civil de poder os papéis podem se inverter. Ao poder, blindado pelo sistema, em regra, tudo é permitido, ainda que de fato. Ao poder não se aplicam os rigores da lei, lei, vale dizer, proporcionalmente bem menos rigorosa que a aplicada ao cidadão comum... Enquanto o roubo de um cacho de bananas muito provavelmente acarretará uma condenação, o roubo e a sonegação de milhões dos cofres públicos dificilmente serão desvendados, mas se desvendados pela imprensa investigativa, jamais pelo poder, por obvias razões. A depender do autor do desvio, de seu nível de influência política, de seu poder financeiro, esse crime poderá ser arquivado “por falta de provas” ou ter prescrita sua punibilidade por uma justiça que se revelará mais lenta que sua ordinária lentidão... E quando o ordenamento regula os crimes de poder, muitas vezes ainda, concede imunidades, prerrogativas, que suas funções acabam por servir de verdadeiros escudos para as mais diversas práticas criminosas com o dinheiro público, donde se conclui que a sociedade de poder encontra-se inserida em um Estado de Direito apenas no tocante aos benefícios que suas funções lhe proporcionam, ao passo que, quanto aos rigores da lei é o Estado anárquico que prevalece... Já quanto à ser democrático, esta parcela da sociedade vive uma democracia em toda sua plenitude, possui todos os instrumentos e liberdades para dela gozar, inclusive da nossa cara...
Está aí localizada a grande ferida constitucional ao princípio da igualdade em sua essência, pois o próprio ordenamento, criado pelo poder, cria distinções que dividem a sociedade em verdadeiras castas: A imensa casta, base da pirâmide, é ocupada pelos desprivilegiados do sistema e a casta de diminutos componentes pelos privilegiados, criando, em verdade, duas espécies de cidadãos: os de cima que cagam e os de baixo que são cagados... Será que, estar-se-ia a aplicar o princípio da isonomia material, tratando iguais de forma igual e os desiguais de forma desigual, na medida de suas desigualdades? Será que são tão diferentes de nós? Precisamos urgentemente da cota servil para os cidadãos comuns, nessa conveniente lógica ébrio-paliativa de se consertar o sistema sem efetivamente se combatê-lo...
Sem mais.
Leonardo Sarmento.

 


 

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