Acredito que esta revelação é a pior Bomba da semana. Não posso dizer que é a pior de todos pois o PT está sempre se superando caso por caso, esquema por esquema. Como sempre tem o dedo do José Dirceu. Um dos criminosos que mais deu prejuízos ao erário público e que anda livre armando outros esquemas. Mas desta vez é com Marta Suplicy.
Sabe-se agora que tudo que se supunha de esquemas fraudulentos na prefeitura de Campinas é verdade. Não é a toa que até Lula defendeu publicamente o prefeito de Campinas. Claro, se defende bandidos como paloffi e zédirceu, como não poderia defender um prefeito envolvido nessa obra faraonica que dará um prejuízo de R$ 34 bí ao Brasil? Imaginem quanto será desviado dessa obra?
Na escuta, Marta dá pulinhos de alegria e diz: "Nós vamos que vamos", feliz por ter certeza que o projeto seria aprovado no Senado 7 dias depois e foi o que aconteceu. Uma verdadeira carta marcada. Obra, a ser tocada por companheiros já denunciados pelo MP.
Tá certo, tem mais é que desviarem o dinheiro público mesmo. Não fará falta nenhuma. Todos roubam né verdade? Embora desvio de dinheiro público seja um crime inafiançável, quantos corruptos voces viram nas cadeias? Se a justiça não liga, por que vamos ligar? Só espero que ela não reprima quem fizer justiça com as próprias mãos dando um tiro na cabeça num desses criminosos, que tiram da saúde, pobres, aposentados, honestos, para colocarem em seus próprios bolsos.
De minha parte, sou totalmente contra qualquer tipo de violencia. Apenas conclamo o povo a abrir os olhos para não caírem nos mesmos erros nas próximas eleições.
Vejam a matéria abaixo divulgada pela Revista Época:
O trem-bala e o PT de Campinas
A investigação dos desvios na prefeitura da cidade descobre provas de caixa dois para campanhas e mostra os interesses do partido na maior obra do governo Dilma
MARIANA SANCHES E ÂNGELA PINHO
Nós vamos que vamos”, disse, animada, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) ao prefeito de Campinas, Dr. Hélio (PDT), na noite do último dia 6 de abril. Marta ligou às 18h01 para a secretária particular de Dr. Hélio, Cinthia dos Reis Paranhos, cujos telefones estavam grampeados pelo Ministério Público Estadual. O MP de São Paulo investiga um esquema milionário de desvio de dinheiro público na administração de Dr. Hélio, prefeito de Campinas há dois mandatos. O diálogo entre a senadora e o prefeito (leia abaixo) foi capturado por acaso, já que Dr. Hélio não é alvo das investigações do MP. A animação de Marta se devia à aprovação iminente no Senado da medida provisória que criaria a estatal responsável pelo projeto do trem-bala e autorizaria o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a emprestar até R$ 20 bilhões para o projeto.
Marta era a relatora da medida provisória. Sete dias depois da conversa telefônica entre os dois, a medida foi aprovada pelos senadores. O diálogo aparentemente corriqueiro entre uma senadora e um prefeito do Estado que ela representa revela com clareza o interesse do grupo político de Marta no PT de São Paulo (fazem também parte desse grupo o deputado federal Carlos Zarattini e os irmãos Ênio e Jilmar Tatto) em levar adiante a construção do polêmico Trem de Alta Velocidade (TAV). O trem-bala, cujo trajeto atual irá de São Paulo ao Rio de Janeiro, com parada em Campinas, é a obra mais cara do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O custo de sua construção está estimado em R$ 34,6 bilhões. A senadora Marta disse a ÉPOCA manter “uma relação cordial” com o Dr. Hélio e que a reunião pedida no telefonema se deveu à “vontade de provocar debate político e dar conhecimento à região sobre minha participação como relatora do projeto”. “O projeto não foi discutido em nenhum momento com o prefeito, os parlamentares e a sociedade civil do Estado, em razão do curto espaço de tempo para votação no Senado”, disse Marta.
Uma das peças-chave na articulação política de Marta em Campinas para viabilizar o trem-bala é o engenheiro-agrônomo Gerson Bittencourt, eleito deputado estadual em São Paulo pelo PT em 2010. As ligações de Bittencourt com o universo dos transportes são antigas. Ele começou a carreira política na União Nacional dos Estudantes (UNE) e na Central Única dos Trabalhadores (CUT), foi presidente da SPTrans, a empresa municipal de transportes coletivos, e secretário de Transportes na gestão de Marta Su-plicy na prefeitura de São Paulo, entre 2001 e 2004. Bittencourt se autointitula o “pai do bilhete único”, o sistema de integração de passagens entre ônibus, trem e metrô adotado em São Paulo durante o governo de Marta, uma das principais bandeiras de sua gestão. Foi com a marca do bilhete único que Bittencourt acabou instalado, com o aval de Marta e do ex-ministro José Dirceu, na cadeira de secretário de Transportes de Campinas desde o primeiro mandato de Dr. Hélio, iniciado em 2005.
Agora, o nome de Bittencourt aparece relacionado à primeira prova obtida pelo Ministério Público de que um esquema de desvio de verba em Campinas alimentou o financiamento ilegal de campanhas. Na casa de Carlos Henrique Pinto, ex-secretário de Segurança Pública do governo de Dr. Hélio, os promotores apreenderam uma planilha, a que ÉPOCA teve acesso, em que estão descritas encomendas de material de campanha feitas à empresa Artes Brasil. A Artes Brasil é uma empresa de publicidade que faz adesivos e panfletos e tem, entre seus clientes, a Sanasa, a empresa de saneamento de Campinas (um foco de corrupção segundo as investigações), a prefeitura de Guarulhos e de Vinhedo, em São Paulo, e o governo federal.
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