A esquerda, enfim, mentiu durante quase 40 anos, enquanto a direita, a execrável direita, simplesmente dizia a verdade ao alegar que o golpe de 1964 fora uma reação legítima contra uma revolução em curso que não se vexava de recorrer à violência armada com a ajuda clandestina de uma ditadura estrangeira.
Nada,
absolutamente nada nesses fatos permite concluir, com a professora
Denise, que “o apoio que o governo cubano deu a guerrilheiros no Brasil,
em três momentos diferentes, não poderia explicar — e muito menos
justificar — a ação dos militares”. A idéia mesmo de que uma ingerência
armada de país estrangeiro não explique nem justifique uma reação
igualmente armada da nação ofendida é, por si, suficientemente
extravagante para não precisar ser discutida: sua expressão em palavras
já basta para impugná-la no ato.
Que essa reação, porém,
assumisse a forma de um golpe militar e da derrubada do governo
constituído é algo que poderia parecer estranho, mas cuja explicação,
involuntária aliás, vem da própria professora Denise. Ela conta (p. 26)
que esse governo, ao apreender em fins de 1962 as provas materiais da
intervenção armada cubana, em vez de encaminhar pelo menos um protesto
público aos organismos internacionais, como seria sua mais modesta
obrigação, que é que fez? Escondeu as provas e as devolveu,
discretamente, a um emissário de Fidel Castro. Leia toda a materia aqui: http://cavaleirodotemplo.blogspot.ca/2012/09/traicao-sem-fim-ou-o-governo-de-cuba.html
Postado por Tereza, do Politica sem Medo
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