quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Soneto do Amigo - Vinícius de Moraes

Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

Vinícius de Moraes


http://wwwkoisaskimarkam.blogspot.com 


Um comentário:

  1. Olá,
    Muito bacana a postagem! Vinicius é incrível.
    Abraços,
    Lu Oliveira
    www.luoliveiraoficial.com.br

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