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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

BOATE KISS - A cobiça cega e o Estado surdo ...



A cobiça cega e o Estado surdo ...

(*) José Nêumanne Pinto – .
Vale-tudo pelo lucro e falta de fiscalização de autoridades matam impunemente no Brasil...
O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), resultou da associação perversa e criminosa da cobiça cega de um capitalismo de vale-tudo, sem código de conduta nem esteio moral, com um Estado estroina, corrupto, incompetente e incapaz de garantir ordem, paz, segurança pública, a vida e a integridade física de seus cidadãos. Não se trata de um fenômeno exclusivo do subdesenvolvimento endêmico do qual países emergentes como o nosso parecem nunca sair, principalmente no que concerne ao espírito e às mentalidades. O mundo inteiro foi assaltado pela brutalidade da busca incessante da fortuna fácil e do desprezo ao trabalho e à conduta moral que deveria reger a vida em sociedade neste século 21, depois da visita à Lua e do telefone portátil, que conecta seu usuário com as notícias do dia, as cotações do mercado de capitais e as manifestações mais escabrosas da miséria humana. Incêndios em boates são comuns e ocorrem em ambientes fechados e abarrotados de material inflamável, produzindo assim vítimas de morte às centenas e crônicas de grosseria e insensibilidade, antes, e de comoção e solidariedade, depois.
No Brasil, a peculiaridade apresenta-se em algo que os comentaristas de arbitragem de futebol e os membros da Academia de Cinema de Hollywood chamariam de “o conjunto da obra”. O incêndio da boate gaúcha ocorreu numa cidade que homenageia o espírito que se identifica com o afeto materno, a mãe do Salvador, que reúne em sua aura toda a luz da generosidade, do altruísmo, da capacidade de renúncia e da piedade que um mortal é capaz de sentir e expressar. O momento também é peculiar nosso: a maior seca dos últimos 30 anos no semiárido nordestino torna a escassez ainda mais cruel, as famílias desabrigadas pelas enxurradas na Serra e na Baixada Fluminenses ainda não têm um teto para abrigá-las e o sangue de policiais e inimigos da lei continua empoçado no asfalto precário das vielas da periferia da maior cidade da América do Sul. Às vésperas do carnaval, intempéries naturais, brutalidades pessoais e deficiências institucionais reduzem a expectativa de vida de seres humanos e animais numa tragédia que se repete e se amplia indefinidamente.
Nunca se saberá quantas das mais de 230 vidas ceifadas pelo fogo na boate Kiss seriam poupadas se seus proprietários houvessem obedecido às normas de segurança de edificações às quais acorrem multidões para ouvir, cantar, dançar e se divertir. Quem permitiu que aquele bando de jovens em busca da felicidade efêmera de uma balada arriscasse a vida em meio a fiações e equipamentos eletrônicos capazes de gerar faíscas que se transformariam em labaredas no material inflamável é um assassino serial em potencial e como tal deveria ser tratado depois de contados os cadáveres carbonizados e os prejuízos materiais. Quantos dos jovens imolados deixariam de ser incinerados se não tivessem sido barrados por agentes de segurança empenhados apenas em garantir o pagamento das comandas de consumo, em vez de permitirem a fuga de uma multidão empurrada para fora do lugar pelas chamas? Neste crime se acumpliciam donos e empregados, brutos adoradores do bezerro de ouro, que levam mais em conta a dívida do que a perda da vida.
Nesta Pátria da impunidade, madrasta malvada, quem acredita que alguém será punido? Quem já o foi? Os rústicos proprietários dos barcos apinhados de passageiros que naufragam no caudal da Bacia Amazônica ou nos fios de água do Velho Chico? Quem pagou pela plateia queimada no circo de Niterói, a maior tragédia de nossa história? Quem respondeu pelo afundamento do Bateau Mouche na Baía da Guanabara ou pelos prédios que desabam em reformas mal feitas no centro do Rio? Uma Justiça leniente acaba o serviço macabro que começa na cobiça, sua colega em matéria de cegueira crônica.
No meio do caminho entre o fogo dos sinalizadores e a falta de uso do martelo do juiz figura a incapacidade do Estado brasileiro – municípios, Estados e União – de produzir leis adequadas para proteger o cidadão que trabalha, mora ou se diverte e, sobretudo, de fazer com que as existentes, muito numerosas e pouco eficazes, sejam cumpridas. Os decibéis dos equipamentos eletrônicos da balada da Kiss não perturbaram o sono dos fiscais de Santa Maria, cujo gestor municipal fez vista grossa à desobediência das próprias posturas pelo estabelecimento comercial do qual nunca se omitiu de cobrar impostos. Municípios e o Estado do Rio não gastam um centavo do que recebem da União para prevenir enchentes em seu território, mas voltam a prometer a cada verão trágico novas providências, que nunca serão tomadas nem deles cobradas nas eleições.
A presidente Dilma Rousseff foi a Santa Maria e chorou com pena das famílias que o Estado abandona ao desamparo. Assim como o imperador dom Pedro II jurou que venderia o último diamante da Coroa para não deixar um cearense morrer de fome. Fê-lo mais de cem anos antes de os sertanejos continuarem perdendo tudo, até a própria vida, por causa da sede implacável. As imagens das ruínas da obra inacabada da transposição do Rio São Francisco sem que uma gota de água fosse levada à caatinga mais próxima são a denúncia mais deslavada da hipocrisia generalizada de gestores públicos que, desde o Império até hoje, garimpam votos valiosos na miséria que os donos do poder semeiam em suas posses e colhem na máquina pública que, eleitos pelos súditos, passam a pilotar. Os maganões da República mantêm-se no poder enganando os sobreviventes da seca do semiárido, das enxurradas da Serra Fluminense e deste incêndio em pagos gaúchos.
O Estado brasileiro – as elites dirigentes que se apropriam do dinheiro público no poder em municípios, Estados e na União – é cúmplice da cobiça assassina dos empresários sem lei. Só nos resta rezar por suas vítimas e amaldiçoar os algozes da cobiça cega e do Estado surdo. Já que terminarão impunes, que lhes seja reservado o fogo eterno do inferno.
(*) José Nêumanne Pinto é jornalista, poeta e escritor.



Uns ganharam dinheiro com a cobiça. Outros com a morte.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

#BOMBA! Ministro diz que tragédia em Santa Maria não atrapalhará COPA.

Por Carlos Parrini ... 

A Copa não pode ser afetada por pequenas tragédias, algumas mortes ou qualquer impecilho. Copa está sendo feita para a alegria do povo, encher os bolsos das empreiteiras e dos corruptos. Ademais, a FIFA não pode perder essa boquinha feita na casa dos outros. Não importa tsunamis, tragédias e até fenômenos da natureza. Nem quando essas tragédias sejam ocorridas por falha humana. Ademais Copa é importante pois desvia a atenção para a grave crise do país, pobreza, miséria, corrupção e ineficiência do Estado.


Só gostaria de lembrar a esse Ministro que, se é para enganar os trouxas, não deve esquecer que ainda teremos Carnaval, Páscoa, Festa Junina, Dias das Mães, Dias dos Paes, Dia das crianças, Natal e Ano Novo e etc, onde vocês poderão tapear todo mundo, sejam ignorantes ou de mais instruções. Só não os deixem usarem fogos e pirotecnia em recintos fechados que não tenham extintores e saídas de emergência, nas comemorações dessas festas regadas a bandas, plumas e paetês. Pois, se isso acontecer, não será só o fim da COPA que teremos, mas o fim de toda essa era de bandidos e assassinos que estão no poder há dez anos.

Nada pode atrapalhar esse caça níqueis de otários.

Helooo Ministro! Espere pelo menos que o povo enterre seus mortos para expressar preocupação com essas porcarias. O que é de vocês está reservado. Já os inocentes falecidos por culpa de vocês, clamarão contra esse mal que lhes sobrevieram por falha do poder público, não se preocupe.

Vejam a matéria com a preocupação do Ministro do PT em não prejudicar a COPA:

Incêndio não gera temor sobre a Copa, diz governo

Ministro cita experiência do país em eventos com multidões; para a Fifa, tragédia no RS 'não tem nada a ver com estádios'.

28 de janeiro de 2013 | 19h 06

Um dia após a tragédia no Rio Grande do Sul gerar preocupações sobre os padrões de segurança do país, o governo federal e a Fifa afirmaram que os grandes eventos esportivos que o país sediará serão seguros.


"Mas organizadores dos eventos dizem que a tragédia não deve gerar preocupações quanto à Copa de Mundo de 2014 e às Olimpíadas de 2016."



segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Saibam o que deu errado na Boate Kiss de Santa Maria:

Por Carlos Parrini ... 

Como temos dito, muitas vidas poderiam ter sido salva se normas de segurança fossem utilizadas e a fiscalização funcionasse.

Vejam abaixo as irregularidades:

Boate Kiss não atendia normas de segurança, diz engenheiro do Corpo de Bombeiros

BBC Brasil
Publicação: 28/01/2013 07:47 Atualização:
O fogo que deixou pelo menos 231 mortos na madrugada do último domingo em Santa Maria, no Rio Grande do Sul acabou por revelar a precariedade da estrutura da boate Kiss, onde a tragédia ocorreu.

Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/brasil/2013/01/28/interna_brasil,420146/boate-kiss-nao-atendia-normas-de-seguranca-diz-engenheiro-do-corpo-de-bombeiros.shtml







A Boate KISS dispunha apenas de uma porta de ENTRADA e SAÍDA

A pedido da BBC Brasil, a avaliação feita por Ivan Ricardo Fernandes, engenheiro civil e capitão do Corpo de Bombeiros do Paraná, indica que a casa noturna não cumpria normas técnicas básicas de segurança contra incêndios, como capacidade de lotação e número suficiente de saídas de emergência.

A estimativa foi feita com base em características estruturais do local, após análise de imagens e relatos de testemunhas.
Famosa por abrigar festas universitárias, a casa noturna informava poder abrigar até 2 mil pessoas.

Porém, com apenas 650 metros quadrados de área, o limite máximo de público, de acordo com normas técnicas, não poderia ultrapassar 1,3 mil pessoas.

"As regras (de segurança contra incêndio) mudam de acordo com a ocupação, altura e características construtivas do estabelecimento", explica Fernandes."A diretriz da normativa é dada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)", acrescenta.

► Considerando os mesmos padrões exigidos pela ABNT, a largura total das saídas da boate Kiss deveria ter, pelo menos, 7 metros, calcula Fernandes.

► Segundo testemunhas, entretanto, só havia uma porta de 2 metros de largura, que servia de entrada e saída do público.

► "Para um estabelecimento com uma única saída de 2 metros, por exemplo, a capacidade máxima seria de 400 pessoas", diz Fernandes.

► Mesmo assim, lembra o especialista, "por ser uma casa noturna", a boate Kiss deveria ter, pelo menos, "duas saídas de emergência".

Boate, só tinha uma rota de fuga, que era a própria porta de entrada e saída, afirma Fernandes.




Uma única SAÍDA foi insuficiente para fuga em massa da superlotação de frequentadores, muitos se dirigiram para os WC onde morreram.

27/01/2013 13h23 - Atualizado em 27/01/2013 16h32


Alvará de boate incendiada estava vencido desde agosto, diz bombeiro

Fogo começou por volta de 2h30 de domingo (27) e matou pelo menos 232.
Boate recebia festa de estudantes da Universidade Federal de Santa Maria.

http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2013/01/alvara-de-boate-estava-vencido-desde-agosto-dizem-bombeiros.html








Estudante, uma das vítimas de Santa Maria, postou na internet a foto. Foto: reprodução do Facebook (reprodução do Facebook)
























Mensagem tatuada de uma das vítimas postada no Facebook, pouco antes de morrer.
"O amanhã talvez não venha"





#BOMBA! Antes de Morrer na Boate de Santa Maria, Moça pediu socorro pelo Facebook

Por Carlos Parrini ... 

Nessas horas vemos como as redes sociais podem ajudar. Logico que podem ser usadas tanto para o bem quanto para o mal. Mas pelo que vejo ajuda mais pelo lado do bem.
Vejam essa moça, apesar do desespero ela conseguiu enviar mensagem pelo facebook. Só que o socorro veio tarde demais.

Leiam mais:
Quem são os culpados por essa tragédia?
Imagens chocantes da tragédia (cuidado)!

Acompanhem a notícia:

O Estado de S.Paulo
Às 3h20 de sábado, um pedido de ajuda no Facebook anunciava o incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS). "Incêndio na KISS socorro". A mensagem foi publicada na página de Michele Cardoso. O nome de Michele, que informava ser protética em um laboratório da cidade, consta na primeira listagem oficial das vítimas.
Minutos depois do pedido de socorro de Michele, amigos começaram a pedir mais informações, ainda sem dimensão sobre a tragédia. Em um dos comentários, um amigo disse que ouviu os bombeiros subirem a Rua dos Andradas, onde a boate fica localizada. Depois, outros colegas pediram para Michele dar notícias, mas não obtiveram nenhuma resposta. 
Antes mesmo da liberação da lista de mortos, amigos e familiares confirmaram que Michele estava entre as vítimas. A prima Amanda Cardoso, que está nos Estados Unidos, escreveu: "Uma garota que era tão jovem, linda, com um sorriso bonito, e uma vida longa pela frente". "Eu estou sem chão", falou Amanda.
Clarisse Lima Teixeira, que é listada no Facebook como irmã de Michele, também aparece na listagem de vítimas.


Já esta abaixo, parece que previu seu fim ao postar sua tatuagem no Facebook: "O amanhã talvez não venha"

Estudante, uma das vítimas de Santa Maria, postou na internet a foto. Foto: reprodução do Facebook (reprodução do Facebook)
Estudante, uma das vítimas de Santa Maria, postou na Internet a foto. Reprodução do Facebook

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