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“Faria de novo”, diz menina que matou o pai que a estuprava há dois anos. Laudo médico confirmou a conjunção carnal. Polícia civil afirma que a menor agiu em legítima defesa e não deve ficar apreendida
Uma menina de 14 anos deu um tiro de espingarda no pai, de 34, na noite da última terça-feira (7), no Ramal da Cachoeira, estado do Acre, distante 400 km da capital Rio Branco.
A adolescente não aguentava mais ser estuprada pelo pai. Os abusos aconteciam há dois anos. De acordo com a Polícia Civil, o laudo médico comprovou a conjunção carnal.
Ainda segundo a Polícia, a menor agiu em legítima defesa e não deve ficar apreendida.
Na noite do crime, os pais da adolescente estavam bebendo e, por volta de 23h, a mãe da menor teria ido dormir, momento em que o pai pegou uma faca, foi até o local onde a jovem estava e a obrigou a manter relações sexuais com ele. O pai teria dito ainda que se a menor não cedesse ele mataria todos da família.
A menina resistiu, acordando a mãe. A mulher iniciou uma luta com o companheiro. Nesse momento, a adolescente pegou uma espingarda com a qual atirou contra o pai.
‘Faria de novo’
Em depoimento à polícia, a menina afirmou que “faria (o crime) de novo”.
“Ela está abalada, mas não chorou. Em depoimento, ela disse que faria tudo de novo porque já vinha sendo abusada pelo pai há vários anos. Ela disse que os abusos poderiam acontecer a qualquer momento se ele continuasse vivo”, contou o presidente do Conselho Tutelar da região, José Carlos Bezerra.
“Ela vai precisar de acompanhamento psicológico e também vamos ver para onde deve ser encaminhada e como vamos dar assistência à ela”, disse José Carlos.
com informações da mídia local
Pragmatismo Político
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