Mosaico Eleições 2014
Carolina Gonçalves - Repórter da Agência Brasil Edição: Lílian Beraldo
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Aécio Neves defende mudanças no governo e aproximação com a população
Carolina Gonçalves - Repórter da Agência Brasil
Edição: Lílian Beraldo
Mineiro
de Belo Horizonte, o candidato do PSDB à Presidência da República, o
senador Aécio Neves, tem 54 anos. Neto do ex-presidente eleito Tancredo
Neves, ele se formou em economia pela Pontifícia Universidade Católica
de Minas Gerais, aos 24 anos e hoje é pai de três filhos. O primeiro
contato com a política ocorreu em 1981, quando aceitou o convite do avô
para trabalhar na campanha para o governo de Minas Gerais e, depois,
pela Presidência da República.
O senador participou do movimento das "Diretas Já", no período do regime militar e, em 1986, iniciou sua trajetória no Congresso Nacional, ocupando por quatro mandatos seguidos uma cadeira na Câmara. Filiou-se ao PSDB em 1989. Durante o período de formulação da Constituição Federal, Aécio apresentou emendas ao texto como a que instituiu o direito ao voto para os jovens entre 16 e 18 anos.
Em 2002, Aécio foi eleito o primeiro governador de Minas Gerais escolhido em primeiro turno, com cerca de 60% dos votos válidos e instituiu o “choque de gestão” para zerar o déficit do governo estadual, extinguindo cargos e cortando salários. Foi reeleito com mais de 75% dos votos válidos. Em 2010, o tucano voltou para o Congresso como o senador mais votado, com mais de 7,5 milhões de votos.
Ao lado do também senador Aloysio Nunes (SP) – candidato à vice-presidente na chapa -, Aécio promete mudanças “radicais” na condução do governo e uma maior aproximação com a população brasileira. Entre as diretrizes anunciadas, lideram, como prioridades, maior clareza nas regras e no controle de gastos em investimentos de infraestrutura, reformas dos serviços públicos, da segurança e as reformas política e tributária e a defesa da independência dos poderes.
A lista de objetivos também prevê melhorias de serviços em áreas como saúde e educação, com o cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação (PNE). Ele promete ainda manter programas implantados pelo atual governo, como o Bolsa Família.
A candidatura de Aécio à Presidência da República foi aprovada há quase um mês e a escolha de Nunes para compor a chapa foi anunciada há pouco mais de uma semana. A chapa conseguiu reunir, numa coligação intitulada Muda Brasil, o apoio de pelo menos oito partidos, entre eles o Democratas, Solidariedade, PTB e PTdoB.
O senador participou do movimento das "Diretas Já", no período do regime militar e, em 1986, iniciou sua trajetória no Congresso Nacional, ocupando por quatro mandatos seguidos uma cadeira na Câmara. Filiou-se ao PSDB em 1989. Durante o período de formulação da Constituição Federal, Aécio apresentou emendas ao texto como a que instituiu o direito ao voto para os jovens entre 16 e 18 anos.
Em 2002, Aécio foi eleito o primeiro governador de Minas Gerais escolhido em primeiro turno, com cerca de 60% dos votos válidos e instituiu o “choque de gestão” para zerar o déficit do governo estadual, extinguindo cargos e cortando salários. Foi reeleito com mais de 75% dos votos válidos. Em 2010, o tucano voltou para o Congresso como o senador mais votado, com mais de 7,5 milhões de votos.
Ao lado do também senador Aloysio Nunes (SP) – candidato à vice-presidente na chapa -, Aécio promete mudanças “radicais” na condução do governo e uma maior aproximação com a população brasileira. Entre as diretrizes anunciadas, lideram, como prioridades, maior clareza nas regras e no controle de gastos em investimentos de infraestrutura, reformas dos serviços públicos, da segurança e as reformas política e tributária e a defesa da independência dos poderes.
A lista de objetivos também prevê melhorias de serviços em áreas como saúde e educação, com o cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação (PNE). Ele promete ainda manter programas implantados pelo atual governo, como o Bolsa Família.
A candidatura de Aécio à Presidência da República foi aprovada há quase um mês e a escolha de Nunes para compor a chapa foi anunciada há pouco mais de uma semana. A chapa conseguiu reunir, numa coligação intitulada Muda Brasil, o apoio de pelo menos oito partidos, entre eles o Democratas, Solidariedade, PTB e PTdoB.
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Programa de Dilma prevê universalização do ensino e expansão do Mais Médicos
Mariana Jungmann – Repórter da Agência Brasil Edição: Nádia Franco
Em busca do segundo mandato, a presidenta Dilma Rousseff e seu partido, o PT, renovaram a coligação com o PMDB, mantendo o atual vice-presidente Michel Temer na chapa. Sete partidos fazem parte da coligação Com a Força do Povo: PDT, PCdoB, PR, PP, PRB, PROS e PSD.
Mineira de Belo Horizonte, Dilma tem 66 anos e viveu grande parte de sua vida no Rio Grande do Sul, onde participou da criação do PDT, foi secretária municipal de Fazenda e estadual de Minas e Energia. Em Brasília, antes de chegar à Presidência da República, foi ministra de Minas e Energia (2003-2005) e da Casa Civil (2005-2010).
Durante o regime militar, Dilma integrou organizações de esquerda, como o Comando de Libertação Nacional (Colina) e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). Passou quase três anos presa entre 1970 e 1972 e foi torturada nesse período por órgãos da repressão. Foi casada durante mais de 30 anos com o advogado Carlos Araújo, pai de sua única filha, Paula.
Além de enfatizar os avanços econômicos e sociais dos últimos 12 anos, o programa da coligaçãoestabelece o chamado Novo Ciclo de Mudanças, que inclui propostas de estímulo à competitividade produtiva. Para isso, deve-se reduzir a burocracia estatal, com a modernização de sistemas e criação de cadastros únicos que exijam menos documentos de empresas e empreendedores. Outra meta é universalizar o Simples Nacional e concluir o processo de implantação da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim).
Para melhorias na produtividade, a proposta prevê modernização do parque industrial brasileiro, melhoria no ambiente de negócios e maior capacitação das empresas com qualificação da mão de obra; simplificação tributária e manutenção e expansão de programas que exigem conteúdo local para fornecimento ao governo e estímulo ao conhecimento por meio da interação entre empresas, instituições de pesquisa e cientistas.
Na educação, o programa prevê, a partir de 2016, a universalização do ensino para todas as crianças a partir dos quatro anos de idade; ampliação da rede de educação integral para que atinja 20% da rede pública até 2018; criação do Pacto Nacional pela Melhoria do Ensino Médio e o oferecimento de 100 mil bolsas do Programa Ciência sem Fronteiras até 2018, além de mudanças curriculares e na gestão das escolas. A meta inclui a valorização dos professores e a criação de 12 milhões de vagas para cursos técnicos até 2015.
Na Saúde, a candidata propõe expandir o Programa Mais Médicos, aumentar o número de unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e universalizar a cobertura do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), atualmente está disponível para 73% da população.
O programa de Dilma prevê também a universalização do acesso à internet barata e de qualidade, o estímulo a parcerias público-privadas para obras de infraestrutura e mais 137 mil ligações de energia elétrica do Programa Luz para Todos até 2018.
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Eduardo Jorge quer desenvolvimento sustentável e reforma política
Ana Cristina Campos - Repórter da Agência Brasil Edição: Lílian Beraldo
Concorrendo à Presidência da República pela primeira vez, o ex-deputado federal Eduardo Jorge é o candidato do Partido Verde (PV) para as eleições deste ano. A atual vice-prefeita de Salvador, Célia Sacramento, também do PV, complementa a chapa como vice.
Médico sanitarista, 64 anos, ele nasceu em Salvador e passou a infância e a juventude em João Pessoa. Foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT) em 1980, do qual se desfiliou em 2003 quando entrou no PV. Foi deputado estadual de 1983 a 1986, deputado federal nas legislaturas de 1987 e 2003 e secretário municipal da Saúde e do Meio Ambiente de São Paulo.
O programa de governo do PV prevê reforma política com a diminuição do número de parlamentares em nível federal, o fim das verbas de gabinete e de frotas de carros oficiais. Também propõe a extinção do Senado e a redução de 25% em cada bancada dos estados na Câmara. O partido quer a redução do número de ministérios para 14 e a criação dos ministérios da Amazônia e dos Direitos Humanos, Gênero, Nações Indígenas e Reparação das Sequelas da Escravidão.
O PV defende a adoção do modelo parlamentarista de governo, das eleições distritais mistas (combinação de voto para candidatos do distrito e da legenda, com a elaboração de um quociente eleitoral) e do voto facultativo. Segundo o candidato, o partido quer mais participação estadual e municipal na administração pública, por meio do aumento dos repasses aos governos locais.
Quanto ao desenvolvimento sustentável, pauta tradicionalmente defendida pelos verdes, as propostas de governo incluem o fortalecimento das matrizes energéticas limpas, como a solar, a eólica e a biomassa, e a superação da pobreza por meio de políticas de sustentabilidade.
"O partido quer mostrar que o desenvolvimento sustentável é a nova forma de movimentar a economia e tem um porto seguro no PV. [O partido] quer que outros incorporem também esse importante conceito. Não há monopólio, porém, entendemos que os outros partidos são do século 20, preocupam-se com política, economia e um pouco com políticas sociais, mas não com os limites impostos pela natureza", disse ele, quando registrou, no dia 3 de julho, sua candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Segundo o programa de governo, saúde, educação, economia de baixo carbono e políticas de combate ao aquecimento global terão prioridade na alocação de recursos. O partido também enfatiza a necessidade de ampliação dos direitos dos negros, dos índios e das pessoas com deficiência, e da liberdade de orientação sexual. “No caso da liberdade de orientação sexual, o PV apoia o direito ao casamento de pessoas do mesmo sexo, de adoção de crianças por casais do mesmo sexo e quer que haja a criminalização da homofobia como já acontece com o racismo”, informa o documento.
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Com a proposta de aerotrem, Levy Fidelix concorre pela 3ª vez à Presidência
Ana Cristina Campos-Repórter da Agência Brasil Edição: Talita Cavalcante
Na terceira disputa à Presidência da República, o mineiro Levy Fidelix, 62 anos, concorre pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), do qual é um dos fundadores. Fidelix concorreu ao cargo nas eleições de 2010 e de 1994. O indicado a vice na chapa é o militar reformado José Alves de Oliveira, também do PRTB. O partido não fez coligação com nenhuma legenda.
Antes de criar o PRTB, Fidelix participou da fundação do Partido Liberal (PL), em 1986, quando se lançou na carreira política e disputou uma vaga na Câmara dos Deputados pelo estado de São Paulo. Depois, migrou para o Partido Trabalhista Renovador (PTR), quando também concorreu a um mandato de deputado federal, no início dos anos 90. Apresentador de televisão, professor universitário e publicitário, Fidelix já concorreu três vezes à prefeitura da capital paulista e duas vezes ao governo do estado.
Uma das bandeiras do candidato é a implantação do aerotrem, apontado como solução para desafogar o trânsito nas principais capitais brasileiras. De acordo com o projeto, o veículo, semelhante a um metrô de superfície, será movido por condutores magnéticos.
No programa de governo, Fidelix apresenta dez propostas. Uma delas prevê que toda criança, ao nascer, tenha uma caderneta de poupança no valor de quatro salários mínimos, que será resgatado quando o beneficiado completar 21 anos de idade.
Entre outros projetos, está o repasse de parte dos recursos com a exploração do petróleo do pré-sal para a ampliação dos postos de saúde e prontos-socorros e a informatização do ensino. As propostas também incluem a criação de um banco para financiar a entrada no mercado de jovens recém-formados – por exemplo, na abertura de um escritório de advocacia ou de uma empresa de engenharia –, além da construção de presídios de segurança máxima em ilhas e navios.
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Eduardo Campos promete inovação tecnológica e investimento em transporte público
Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil Edição: Luana Lourenço
Depois de ser deputado estadual, três vezes deputado federal, secretário estadual de Governo e de Fazenda, ministro da Ciência e Tecnologia e governador de Pernambuco por dois mandatos, aos 48 anos, o economista pernambucano Eduardo Henrique Accioly Campos concorre pela primeira vez ao cargo mais importante da política brasileira.
Casado, pai de cinco filhos, Eduardo Campos começou a carreira política ainda na universidade, como presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Economia da Universidade Federal de Pernambuco. Ao lado da ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora Marina Silva, tenta chegar à Presidência da República em outubro pela coligação Unidos Pelo Brasil (PSB, PHS, PRP, PPS, PPL, PSL).
Depois de concorrer à Presidência, em 2010, pelo Partido Verde (PV), Marina Silva tentou criar uma nova sigla, o Rede Sustentabilidade, mas não conseguiu o registro na Justiça Eleitoral. Filiou-se, então, ao PSB, e incorporou ao programa de governo os princípios da sustentabilidade e defesa do meio ambiente.
Para a área econômica, o programa de governo de Campos lista como diretrizes a simplificação, a transição para a economia de baixo carbono, a redução das desigualdades sociais e a incorporação da inovação tecnológica aos processos produtivos.
Campos e Marina, que terão um minuto e 49 segundos no horário eleitoral no rádio e na televisão, pretendem ainda construir um modelo de desenvolvimento para o país “mais humano, justo, solidário com as pessoas e com o planeta, com as atuais e com as futuras gerações” e “profundamente comprometido com a democracia e com a sustentabilidade”.
Se eleito, Eduardo Campos pretende também promover a integração do transporte urbano, priorizando investimentos no transporte coletivo, nos diferentes modais. “Enfrenta-se, desse modo, a poluição ambiental que é um dos principais problemas urbanos”, diz trecho do programa de governo.
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Eymael quer criar ministérios da Família e da Segurança Pública
Ana Cristina Campos - Repórter da Agência Brasil Edição: Talita Cavalcante
José Maria Eymael disputa, pela quarta vez, a Presidência da República pelo Partido Social Democrata Cristão (PSDC). Ele concorreu ao cargo em 1998, 2006 e 2010. O candidato a vice na chapa de Eymael é o presidente da legenda em Roraima, Roberto Lopes. O PSDC não está coligado a nenhuma legenda.
Além de fundador do PSDC, José Maria Eymael é advogado, nasceu em Porto Alegre e tem 74 anos. Sua trajetória política começou na capital gaúcha, onde foi um dos líderes da Juventude Operária Católica. Em 1962, filiou-se ao Partido Democrata Cristão (PDC) e atuou como líder jovem do partido.
Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo. Em 1990, conquistou o segundo mandato na Câmara dos Deputados. Como parlamentar federal, Eymael defendeu a manutenção da palavra Deus no preâmbulo da atual Constituição Federal durante a Assembleia Constituinte, considerado um marco em sua trajetória política.
O programa de governo do PSDC tem 27 diretrizes, em referência ao número da legenda. Entre elas, cumprir e fazer cumprir a Constituição, resgatar e proteger os valores éticos da família, simplificar a política tributária e reduzir a carga dos impostos.
Eymael destaca a intenção de desenvolver a política nacional de segurança, com a criação do Ministério de Segurança Pública. Ele também propõe a redução no número de pastas no governo federal, mas ressalta a necessidade de implementar o Ministério da Família.
O candidato também propõe um programa de saúde pública com foco na prevenção e defende a prática de um ensino inclusivo, que abarque as crianças e jovens portadores de necessidades especiais. Eymael ainda destaca a “obsessão pelo desenvolvimento” e uma política externa vinculada às grandes economias mundiais, que não seja meramente ideológica.
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Candidato do PCB defende programa anticapitalista com revolução socialista
Iolando Lourenço – Repórter da Agência Brasil Edição: Nádia Franco
O candidato do Partido Comunista Brasileiro (PCB) à Presidência da República, Mauro Iasi, nasceu em 10 de fevereiro de 1960, em São Paulo, é solteiro e professor da Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Sofia Manzano, que também é professora universitária, completa a chapa de Iasi, concorrendo à Vice-Presidência.
Na declaração de bens, o candidato diz que seus bens somam R$ 204.348,57. A previsão de gastos do PCB com a campanha presidencial está em R$ 100 mil.
A eleição deste ano será a primeira na qual Iasi participa como cabeça de chapa – em 2006, ele foi candidato a vice-governador de São Paulo, também pelo PCB.
Iasi participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT) na década de 1980 e trabalhou na campanha de Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência da República, em 1989, na primeira eleição direta para o cargo após a ditadura militar. Ele deixou o partido em 2004.
No programa de governo apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foram colocados 21 pontos como propostas iniciais do PCB. O documento, intitulado Programa Anticapitalista, o Poder Popular e a Alternativa Socialista, diz que o Brasil tem hoje uma série de problemas estruturais advindos da opção capitalista, que beneficia uma pequena parte da população – os monopolistas, que controlam os principais meios econômicos e dominam toda a vida pública do país.
A proposta de Mauro Iasi defende mudanças profundas no atual sistema capitalista. “Somente a Revolução Socialista, entendida como um forte e poderoso processo de lutas populares que desemboque na construção de uma sociedade alternativa ao capitalismo e à ordem burguesa, será capaz de realmente resolver os problemas vividos pelos trabalhadores e setores populares”, destaca o programa de governo registrado pelo PCB no TSE.
O partido considera prioridades a construção do poder popular; a socialização dos principais meios de produção essenciais à garantia da vida; a realização de uma reforma agrária socializada; com uma política agrícola sustentável ecologicamente; a reversão imediata das privatizações e a estatização de setores estratégicos; bem como de todo o sistema financeiro; e a garantia de saúde pública e educação pública e de qualidade para todos.
O PCB também prega um sistema de previdência e assistência social gratuito; o não pagamento da dívida pública; a garantia e ampliação de todos os direitos dos trabalhadores; a recomposição imediata dos salários; a redução da jornada de trabalho, sem redução salarial; auditoria imediata das remessas de lucro das corporações transnacionais; o fim da Polícia Militar e a apuração e punição de todos os crimes contra os direitos humanos cometidos durante a ditadura militar (1964-1985).
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Candidata do PSOL, Luciana Genro quer ampliar investimentos em saúde e educação
Iolando Lourenço - Repórter da Agência Brasil Edição: Nádia Franco
Filha do atual governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, a candidata do PSOL à Presidência da República, Luciana Genro, é gaúcha de Santa Maria, tem 43 anos, é casada e disputará o cargo pela primeira vez. O professor Jorge Paz completa a chapa, como candidato a vice.
Luciana Genro começou na militância estudantil aos 14 anos, quando integrava o PT. Foi eleita deputada estadual em 1994 e reeleita em 1998. Em 2002, conquistou o primeiro mandato de deputada federal e foi reeleita em 2006. Em 2010, tentou um novo mandato, mas não se elegeu.
Em 2003, ao lado de outros deputados petistas, Luciana foi expulsa do partido, por ter votado contra a reforma da Previdência. Os parlamentares expulsos formaram, então, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).
No programa de governo encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PSOL diz que vai apresentar ao povo um programa de esquerda, que enfrente os problemas históricos do país, centrado em três eixos: superação da atual política econômica e do modelo de desenvolvimento que depreda o meio ambiente e as riquezas naturais, transformação do sistema político e ampliação dos direitos e das liberdades dos trabalhadores.
No documento, o PSOL critica o atual modelo de desenvolvimento e a política econômica, por entender que “que beneficiam o grande capital”, e propõe mudanças estruturais na economia, uma auditoria independente, que deverá resultar na suspensão do pagamento dos juros e da amortização da dívida pública, a desregulamentação da economia e a abertura financeira e comercial, além da implantação de um sistema rígido de controle de capitais.
O partido promete combater a concentração de renda e as desigualdades sociais, promovendo mudanças na estrutura tributária de regressiva para progressiva, fazendo com que os ricos paguem proporcionalmente mais impostos que a classe média e os pobres. O PSOL propõe que programas sociais, como o Bolsa Família, sejam tratados como política de Estado, além de uma de uma profunda revisão do sistema agrário brasileiro.
O PSOL promete, ainda, “ampliar radicalmente” os investimentos em saúde e educação, garantindo atendimento integral pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Na educação, a proposta é universalizar o acesso a todos os níveis de ensino, em instituições públicas gratuitas.
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Pastor Everaldo tem programa de governo baseado na defesa da família
Iolando Lourenço - Repórter da Agência Brasil Edição: Luana Lourenço
O candidato do PSC à Presidência da República, Pastor Everaldo, 58 anos, nasceu no Rio de Janeiro, é casado, formado em ciências atuariais pela Faculdade de Economia e Finanças do Estado do Rio de Janeiro e empresário. Vice-presidente do partido, Pastor Everaldo é líder da igreja Assembleia de Deus e sua candidatura tem como objetivo defender os princípios cristãos e a valorização da família. Ele terá o deputado Leonardo Gadelha (PB) com vice em sua chapa.
O programa de governo do partido apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi baseado em três eixos principais: qualidade de vida, poder nacional e governança. Entre as bandeiras do partido está a luta contra o aborto, o resgate de valores familiares e a redução da maioridade penal.
O PSC defende uma economia livre a partir do empreendedorismo individual, com mínima intervenção estatal; a modernização da infraestrutura e da mobilidade urbana com parcerias público-privadas e plena concorrência. No programa de governo, também estão listadas a reforma na educação e na saúde com descentralização da gestão; a preservação do valor real das aposentadorias e uma reforma política que reduza gastos de campanha.
O plano de governo de Pastor Everaldo também prioriza o combate à criminalidade e ao tráfico de entorpecentes e outras ações em defesa da dignidade da vida humana. O partido defende a criação de políticas públicas para estimular a recriação dos laços afetivos e morais entre as famílias e a desburocratização do processo de adoção de crianças abandonadas.
Para a educação, o PSC defende a simplificação do processo de abertura de escolas, o incentivo ao ensino profissionalizante e maior ênfase no ensino de matemática e língua portuguesa.
Na área de saúde, o partido é a favor da desburocratização e ampliação do livre mercado de operadoras de planos de saúde, a extinção de tributos que incidam no sistema de saúde e na aquisição de medicamentos e equipamentos para a área. O programa de governo também prega redução da intervenção estatal na economia, ampliação do acesso ao crédito, abolição de barreiras comerciais, corte de impostos, reforma trabalhista e desoneração da folha de pagamento.
Pastor Everaldo defende ainda o fim do voto obrigatório, a eliminação da intervenção do governo brasileiro em assuntos de outros países e busca de equilíbrio das contas públicas por meio do corte de gastos.
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Rui Costa Pimenta defende causa operária e programa revolucionário e socialista
Ana Cristina Campos - Repórter da Agência Brasil Edição: Lílian Beraldo
O jornalista paulista Rui Costa Pimenta disputa o cargo de presidente da República pelo Partido da Causa Operária (PCO) pela quarta vez. O bancário Ricardo Machado completa a chapa, como vice-presidente. O partido não fez coligação com nenhuma legenda.
O presidente nacional do PCO e editor do jornal Causa Operária tem 57 anos e começou a vida política com a militância estudantil contra a ditadura militar. Depois desse período, Rui Costa Pimenta entrou na luta sindical e começou a trilhar o caminho da política partidária. Em 1980, ingressou no movimento Tendência Causa Operária e participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT). Em 1985, retornou à vida sindical e foi eleito diretor da Central Única dos Trabalhadores (CUT), na Grande São Paulo.
Divergências com a direção petista levaram Rui Costa Pimenta e outros militantes da causa operária a romper com o PT em 1992. Em 1995, Pimenta encabeça a criação do PCO. Pela legenda, Pimenta se candidatou a vereador, em 1996, deputado federal, em 1998, e prefeito de São Paulo, em 2000.
Segundo o programa de governo, o partido decidiu participar do processo eleitoral deste ano para defender “um programa revolucionário e socialista em oposição a todos os demais candidatos e seus programas burgueses e de defesa do capitalismo, lançando candidatos que sejam a expressão da luta do povo, em particular da luta operária, às eleições em todos os níveis e em todos os lugares, de deputados à Presidência da República”. O lema da campanha é a defesa da “Revolução, do governo operário e do socialismo”.
Entre os pontos centrais do programa estão a proposta de salário mínimo de R$ 3,5 mil, a jornada máxima de trabalho de 35 horas semanais, a isenção de pagamento de todos os serviços públicos para os desempregados, um imposto único sobre o capital e as grandes fortunas, o fim da repressão aos sem-terra e a expropriação do latifúndio.
O PCO também defende a dissolução das polícias militares, a descriminalização do aborto, a implantação de creches públicas em todo o país, a estatização das escolas particulares e das grandes empresas privadas do setor cultural, a garantia da posse de terras aos remanescentes de quilombos, além da defesa das culturas negra e indígena.
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Candidato do PSTU promete construir Brasil para trabalhadores
Iolando Lourenço – Repórter da Agência Brasil Edição: Nádia Franco
O trabalhador metalúrgico e siderúrgico Zé Maria, candidato do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) à Presidência da República, nasceu em Santa Albertina, no interior de São Paulo, é solteiro e fará 57 anos no dia 2 de outubro, três dias antes das eleições.
Zé Maria completou o ensino médio e disputará pela quarta vez a Presidência – concorreu ao cargo em 1998, 2002 e 2010. O candidato declarou à Justiça Eleitoral que tem bens no valor de R$ 20 mil e o partido estimou os gastos da campanha em R$ 400 mil.
Ele foi um dos fundadores do PT, partido do qual foi expulso em 1992, e da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Zé Maria completou o ensino médio e disputará pela quarta vez a Presidência – concorreu ao cargo em 1998, 2002 e 2010. O candidato declarou à Justiça Eleitoral que tem bens no valor de R$ 20 mil e o partido estimou os gastos da campanha em R$ 400 mil.
Ele foi um dos fundadores do PT, partido do qual foi expulso em 1992, e da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
A companheira de chapa de Zé Maria é a servidora pública Cláudia Durans.
Programa de governo apresentado pelo PSTU ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) inclui 16 propostas e tem o objetivo de “construir um Brasil para os trabalhadores”.
“A estratégia não é governar para os trabalhadores, mas levar os próprios trabalhadores ao poder, para que governem por si próprios através de suas organizações”, diz o programa do PSTU. O partido defende que todos os parlamentares recebam salário equivalente ao de um operário qualificado e que seus mandatos possam ser revogados a qualquer momento.
Programa de governo apresentado pelo PSTU ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) inclui 16 propostas e tem o objetivo de “construir um Brasil para os trabalhadores”.
“A estratégia não é governar para os trabalhadores, mas levar os próprios trabalhadores ao poder, para que governem por si próprios através de suas organizações”, diz o programa do PSTU. O partido defende que todos os parlamentares recebam salário equivalente ao de um operário qualificado e que seus mandatos possam ser revogados a qualquer momento.
O PSTU propõe a estatização de todo o sistema financeiro e o rompimento da dívida pública como forma de viabilizar recursos para investir em saúde, educação e transporte público. Defende, ainda, a anulação dos leilões do pré-sal e de todos os campos entregues às multinacionais, a volta do monopólio estatal do petróleo e a Petrobras 100% estatal. Também está no programa de governo a anulação de todas as privatizações feitas nos últimos governos e a reestatização dessas empresas sem indenização.
Para enfrentar a inflação, o programa do PSTU defende aumento geral dos salários e congelamento dos preços dos produtos. O partido propõe uma reforma agrária que garanta terra aos sem-terra e, para isso, defende o combate ao latifúndio agroexportador, além da redução da jornada de trabalho de 44 horas para 36 horas semanais, sem redução nos salários.
Constam ainda do documento registrado no TSE o fim do fator previdenciário e o aumento das aposentadorias, a estatização dos transportes, que ficaria sob controle dos trabalhadores e receberia investimentos equivalentes a 2% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país). Pelo programa de governo, a educação teria 10% do PIB e a saúde, também 10%. O PSTU defende ainda salário igual para trabalho igual, saneamento básico para todos e combate ao racismo.
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