Por Carlos Parrini ....
Como se não bastassem eles desviarem as casas de quem realmente merece, ainda proporcionam esse desprazer de construírem casas a beira de riachos sem qualquer previsão quanto alagamentos. O motivo dessa pressa além de enfiarem o dinheiro nos bolsos, são as eleições. Dilma precisa mostrar as obras, mesmo que fique escondida nas inaugurações, como foi agora no caso do estádio de Natal, para não ser vaiada. Nessa época de campanha, nem morta deve aparecer publicamente pois a vaia será geral. A não ser a eventos onde só tem petralhas e afiliados de carteirinhas que também receberam minha casa minha vida, ajuda presidiário ou bolsa esmola. Esses tem motivos para aplaudi-la.
E assim será até as eleições, inaugurações escondidas, inaugurações de lixões, terrenos baldios e formigueiros. Foi assim que aprendeu com Lulinacio e deu certo. Some-se a esses desperdícios, muitas viagens com dinheiro público, dinheiro gastos com Ratinhos, Reginas Casés e um monte de puxa sacos, para enceherem a bolsa deles e esvaziarem as nossas.
Só sei que não tem apenas esses acontecimentos nesse sistema assistencialista que só serve para rico, tem outras também que demonstraremos abaixo. Só espero que se lembrem disso quando forem votar em coisa que preste, separando das que não prestam como nessas casas que só deram prejuízos e votos, claro. Alagou, sujou, limpou, tá limpa! O Futuro a Deus pertence.
Vejam os babados!
Minha Casa Minha Vida sofre com fraude em cadastros
Problema na seleção dos beneficiários do programa é a irregularidade mais investigada pelo Ministério Público Federal
19 de janeiro de 2014 | 21h 41
Erich Decat, de O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - A fraude na lista de beneficiados é o problema mais comum encontrado no Minha Casa Minha Vida, segundo levantamento que leva em conta as investigações abertas pelo Ministério Público Federal sobre o programa habitacional que é bandeira eleitoral da presidente Dilma Rousseff.
Desde o lançamento, em 2009, no governo Luiz Inácio Lula da Silva, os procuradores abriram 224 procedimentos, dos quais 82 são sobre as fraudes de cadastro.
O segundo problema mais comum é a corrupção, como o pagamento indevido de vantagens a servidores públicos. Há 26 procedimentos abertos sobre o tema.
A lista ainda inclui financiamentos irregulares, imóveis entregues em mau estado, questões ambientais, entre outros. Parte dos procedimentos virou ação civil pública. Ainda não há conclusão dos casos na Justiça.
O objetivo do Minha Casa Minha Vida é destinar habitação popular a famílias com renda de R$ 1.600 a R$ 5 mil. O Ministério das Cidades gere o programa. Com ajuda do Tesouro Nacional, a Caixa Econômica Federal financia a construção e a compra dos imóveis por parte das famílias. As prefeituras fazem o cadastro de possíveis beneficiados.
Transparência. Em Sergipe, a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Jane Rocha, afirma que no Estado não está sendo cumprida a determinação legal de se reservar ao menos 6% das moradias para pessoas com deficiência e idosos. "Aqui as reclamações são gerais. Não há transparência. Os sorteios funcionam assim: você vai no município, no conselho de habitação e lá só ficamos sabendo do resultado."
Após constatar possíveis desvios no processo de seleção dos beneficiados, o procurador regional dos Direitos do Cidadão, Ramiro Rockenbach, ingressou com uma ação civil em que pede que a União interrompa o repasse de recursos para quatro município: Aracaju, São Cristóvão, Lagarto e Itabaiana. "Temos denúncia de que está havendo todo tipo de direcionamento, de favores políticos. Com nossas ações na Justiça estamos insistindo em que é preciso reorganizar todo o processo", diz Rockenbach.
Numa denúncia apresentada em Roraima, uma associação de moradores do Bairro Planalto, em Porto Velho, estaria cobrando de forma ilegal uma taxa de inscrição aos postulantes. Servidores da Caixa em Brasília também são alvo de investigações devido à suspeita de receberem propina para a concessão de financiamentos habitacionais vinculados ao programa.
Eleições. As irregularidades também incluem o uso eleitoral do programa por políticos.
Em 15 de novembro passado, por exemplo, o Ministério Público passou a investigar um provável candidato a deputado estadual do Amazonas que estaria cadastrando irregularmente motoristas de caminhão e ônibus com a promessa de recebimento de casas do programa.
Há também suspeitas de desvios no Ceará, com favorecimento de pessoas ligadas a prefeituras e a partidos políticos.
Diante da possibilidade de o programa também ser utilizado como barganha por candidatos nas eleições gerais de 5 de outubro, o procurador regional eleitoral do Estado de Goiás, Ailton Benedito de Souza, se antecipou e encaminhou no final de dezembro do ano passado um ofício a todos os promotores eleitorais do Estado recomendando um acompanhamento da execução dos programas, ações e políticas públicas federais nos municípios goianos, com especial atenção ao Minha Casa Minha Vida.
"O uso promocional do programa, vendendo à população mais carente uma ilusão de que se trata de uma distribuição gratuita e farta de unidades habitacionais, revela-se assistencialismo nefasto, característico do patrimonialismo eleitoreiro, mesmo que antecipadamente ao período eleitoral legalmente previsto", afirma o procurador em trecho do documento.
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