O Estado de S.Paulo
 Conselheiro,
 à época, do Previ, poderoso fundo de pensões e aposentadorias do Banco 
do Brasil, o hoje foragido da Justiça brasileira havia recebido da 
direção da campanha de Lula a missão de articular a agenda empresarial 
do candidato em sua quarta campanha. Usou, então, seus contatos no meio 
empresarial para ser bem-sucedido.
Foi
 nessa tarefa que Pizzolato articulou encontros de Lula com gigantes 
empresariais, como representantes da Embraer, da Gerdau e da Perdigão.
Também
 criou um "kit vip", uma caixa com uma estrela dourada do PT e um DVD, 
entre outras coisas, que foi enviado a líderes empresariais brasileiros.
Seu
 alvo eram 5 mil empresários nacionais aos quais a candidatura seria 
apresentada pelo mimo. A caixa teria gerado, segundo contam petistas, 
ciúme da equipe de marketing de Duda Mendonça, que não teria gostado da 
"invasão" de sua área.
A
 documentação, organizada ao longo de meses e guardada em pen drive, 
divide-se em nove partes, todas com documentos que, segundo o ex-diretor
 do Banco do Brasil, comprovam a sua inocência. Os outros oito pontos 
são: a diretoria de Marketing do BB; a CPI dos Correios, que investigou o
 mensalão em 2005; a construção da denúncia; a aceitação da denúncia 
pelo STF; o julgamento em agosto de 2012; os embargos de declaração; o 
inquérito 2.474 do STF (que contém outras investigações da Polícia 
Federal sobre o mensalão) e que foi aberto para apurar denúncias contra o
 Banco Rural; o processo paralelo na 12.ª Vara Federal em Brasília.
 
 A estratégia de Pizzolato é forçar a realização de um julgamento na 
Itália, para tentar, segundo pessoas próximas a ele, "desmascarar" o 
processo realizado no Brasil, que, diz, foi contaminado por pressões 
políticas.
 Credibilidade. A
 ideia do ex-diretor do Banco do Brasil é que, se vier a ser inocentado 
pela Justiça italiana, o caso no Brasil sofrerá um abalo de 
credibilidade. O dossiê de quase mil páginas está sendo preparado, e o 
condenado promete apresentar provas supostamente "inéditas" de que seria
 inocente.
Pizzolato
 pretenderia alegar que o ministro e relator Joaquim Barbosa manteve um 
processo paralelo ao original, sob segredo de Justiça e ao qual ele teve
 acesso negado. Outro argumento é que documentos inteiros do processo 
teriam sido "forjados". Um desses documentos "mentirosos" seria uma 
carta do ex-presidente da Visanet, Antonio Luiz Rios, enviada à PF em 
fevereiro de 2006. / W.T. e J.C.
 
 
 
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