Atualizando a notícia do dia 16/03/2011
Técnicos da Controladoria Geral da União (CGU) suspeitam que a prefeitura de Teresópolis, cidade afetada pelas chuvas em janeiro deste ano , esteja envolvida em desvio de dinheiro público com uso de "laranjas", pagamentos de serviços fictícios, além de fraudes em nota fiscal. Na última sexta-feira, 15, a CGU determinou o bloqueio da conta da prefeitura abastecida pela União.
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A CGU também vai exigir o ressarcimento de todo o dinheiro transferido pelo governo federal a Teresópolis. A suspeita de corrupção envolve os R$ 7 milhões enviados pela União para ajudar no socorro às vítimas da tragédia, que também atingiu outras cidades da Região Serrana do Rio de Janeiro.
Irregularidades O relatório da CGU sai em dez dias. O jornal O Globo, que vem denunciando uma série de irregularidades envolvendo as obras de recuperação da cidade, teve acesso a trechos do documento. O governo de Teresópolis nega todas as acusações.
De acordo com um membro da CGU, "os gestores municipais [de Teresópolis] tentaram dificultar, com várias transferências e usando diversas contas, o rastreamento do dinheiro".
Esquema de corrupção Os técnicos da CGU constataram que, dos R$ 7 milhões enviados pelo governo federal ao município, a empresa RW de Teresópolis Construtora e Consultoria LTDA ficou com cerca de R$ 4,5 milhões. A RW, no entanto, era uma locadora de vídeo até novembro de 2009. O capital social da empresa na Receita Federal é de apenas R$ 80 mil e seu sócio administrador, que até 2009 exercia a função de montador de equipamentos eletrônicos, tem 21 anos. Além disso, sua mãe mora em uma casa humilde e está cadastrada no Bolsa Família.
O verdadeiro dono da RW procurou o Ministério Público e disse que ganhava as concorrências para obras em Teresópolis porque participava de um suposto esquema de corrupção que funcionava na prefeitura do município.
Fonte: JusBrasil
Como se não bastasse a morosidade e o descaso para com as vítimas das tragédias no Rio de Janeiro, politicos do PT estão aproveitando mais esta oportunidade para encherem os bolsos.
O governo do PT é rápido em ajudar vítimas do Haití, Japão e outros países onde não há controle e nem fiscalização dos gastos.
Já no Brasil, as vítimas contam com ajuda de donativos, precisam usar seu proprio FGTS ou Bolsa Familia para sobreviverem.
-Carlos Parrini-
-Carlos Parrini-
FELIPE CARUSO
ENVIADO ESPECIAL A TERESÓPOLIS RJ
ENVIADO ESPECIAL A TERESÓPOLIS RJ
Cerca de 300 pessoas fecharam nesta terça-feira a principal rua de Teresópolis, protestaram em frente à prefeitura e à Câmara Municipal, pedindo a saída do prefeito, Jorge Mário Sedlacek (PT).
A Força Nacional, presente na região serrana do Rio desde a tragédia das chuvas de janeiro, que matou cerca de 900 pessoas, utilizou bombas de efeito moral para tentar controlar a população.
Não houve feridos nem presos. A vidraça da entrada da Câmara Municipal foi quebrada. Até as 20h manifestantes ainda permaneciam na porta da Câmara vaiando os parlamentares e com gritos de ordem pedindo a saída do prefeito.
O movimento queria que os vereadores votassem o pedido de abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) entregue ontem para a investigação de uma série de contratações feitas sem licitação --o que é permitido quando há a decretação do estado de emergência, caso da cidade após as chuvas.
De acordo com os manifestantes, há indícios de corrupção nos contratos assinados após as enchentes.
"Uma vídeo locadora, por exemplo, com capital social registrado em R$ 80 mil e com sede num apartamento residencial se transformou numa empresa de engenharia que fechou contratos de aluguel de máquinas e caminhões por R$ 3,5 milhões", disse um dos manifestantes, o radialista Marcos Vinicius Ramos.
Sedlacek não foi encontrado para comentar as acusações. De acordo com aliados, ele estaria fora da cidade.
O movimento juntou grupos sociais e políticos, que protestavam também contra o sistema de distribuição de cestas básicas, a falta de pagamento de aluguel social, os buracos nas ruas da cidade, e vários outros problemas.
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