SÃO PAULO - Os oito anos de governo Lula testemunharam uma grande mudança na vida de Fábio Luís, o Lulinha, e Luís Claudio. Antes de o pai assumir a Presidência, o primeiro era professor de inglês, e o segundo, estudante de educação física. Ambos faziam estágios. Hoje, eles são donos de seis empresas.
Lulinha e Luís Cláudio atuam, ou se preparam para atuar, nos ramos de entretenimento, tecnologia da informação e eventos esportivos, segmentos em alta da economia que ganharam impulso do governo federal.
O passo mais recente dos dois filhos de Lula foi a criação, em 30 de agosto deste ano, de duas holdings --sociedades criadas para administrar grupos de empresas.
Na maioria desses negócios, Lulinha e Luís Cláudio têm como sócios pessoas próximas do presidente Lula.
O jornal "Folha de S.Paulo" constatou, porém, que apenas uma das seis empresas, a Gamecorp, tem sede própria e corpo de funcionários. As demais cinco não funcionam nos endereços informados pelos filhos de Lula à Junta Comercial de São Paulo.
Um dos negócios da dupla, a holding LLCS, foi registrada no endereço da empresa Bilmaker 600, na qual eles não têm participação. A Bilmaker tem como controlador o engenheiro Glaucos da Costamarques, 70 anos, primo do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo pessoal do presidente.
Outra holding criada pelos filhos de Lula neste ano, a LLF, foi registrada no prédio da PlayTV, emissora de jogos on-line. A reportagem esteve na sede e encontrou apenas o porteiro e a secretária.
Os programas da PlayTV só são veiculados na Sky, que distribui o canal como cortesia para os assinantes, e pela OiTV. A "Folha" acompanhou um dia de programação e não viu anúncios publicitários. A PlayTV, por sua vez, é controlada pela Gamecorp, outro empreendimento de Lulinha.
Inaugurada em dezembro de 2004, a Gamecorp recebeu injeção de R$ 5 milhões da telefônica Telemar (hoje Oi), num negócio investigado pela Polícia Federal há três anos --sem resultados.
Fonte: Folha de São Paulo
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