Mosaico Eleições 2014

Carolina Gonçalves - Repórter da Agência Brasil Edição: Lílian Beraldo


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Aécio Neves defende mudanças no governo e aproximação com a população


Carolina Gonçalves - Repórter da Agência Brasil Edição: Lílian Beraldo

Brasilia - O senador Aécio Neves é o candidato do PSDB à Presidência (José Cruz/Agência Brasil)
Brasília - O senador Aécio Neves é o candidato
do PSDB à PresidênciaJosé Cruz/Arquivo 
Agência Brasil
Mineiro de Belo Horizonte, o candidato do PSDB à Presidência da República, o senador Aécio Neves, tem 54 anos. Neto do ex-presidente eleito Tancredo Neves, ele se formou em economia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, aos 24 anos e hoje é pai de três filhos. O primeiro contato com a política ocorreu em 1981, quando aceitou o convite do avô para trabalhar na campanha para o governo de Minas Gerais e, depois, pela Presidência da República.
O senador participou do movimento das "Diretas Já", no período do regime militar e, em 1986, iniciou sua trajetória no Congresso Nacional, ocupando por quatro mandatos seguidos uma cadeira na Câmara. Filiou-se ao PSDB em 1989. Durante o período de formulação da Constituição Federal, Aécio apresentou emendas ao texto como a que instituiu o direito ao voto para os jovens entre 16 e 18 anos.
Em 2002, Aécio foi eleito o primeiro governador de Minas Gerais escolhido em primeiro turno, com cerca de 60% dos votos válidos e instituiu o “choque de gestão” para zerar o déficit do governo estadual, extinguindo cargos e cortando salários. Foi reeleito com mais de 75% dos votos válidos. Em 2010, o tucano voltou para o Congresso como o senador mais votado, com mais de 7,5 milhões de votos.
Ao lado do também senador Aloysio Nunes (SP) – candidato à vice-presidente na chapa -, Aécio promete mudanças “radicais” na condução do governo e uma maior aproximação com a população brasileira. Entre as diretrizes anunciadas, lideram, como prioridades, maior clareza nas regras e no controle de gastos em investimentos de infraestrutura, reformas dos serviços públicos, da segurança e as reformas política e tributária e a defesa da independência dos poderes.
A lista de objetivos também prevê melhorias de serviços em áreas como saúde e educação, com o cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação (PNE). Ele promete ainda manter programas implantados pelo atual governo, como o Bolsa Família.
A candidatura de Aécio à Presidência da República foi aprovada há quase um mês e a escolha de Nunes para compor a chapa foi anunciada há pouco mais de uma semana. A chapa conseguiu reunir, numa coligação intitulada Muda Brasil, o apoio de pelo menos oito partidos, entre eles o Democratas, Solidariedade, PTB e PTdoB.


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Programa de Dilma prevê universalização do ensino e expansão do Mais Médicos

Mariana Jungmann – Repórter da Agência Brasil Edição: Nádia Franco
Brasília - Dilma Rousseff disputa a reeleição pelo PT
Dilma Rousseff disputa a reeleição pelo PT
Marcello  Casal  Jr/Arquivo  Agência  Brasil
Em busca do segundo mandato, a presidenta Dilma Rousseff e seu partido, o PT, renovaram a  coligação com o PMDB, mantendo o atual vice-presidente Michel Temer na chapa. Sete partidos fazem parte da coligação Com a Força do Povo:  PDT, PCdoB, PR, PP, PRB, PROS e PSD.
Mineira de Belo Horizonte, Dilma tem 66 anos e viveu grande parte de sua vida no Rio Grande do Sul, onde participou da criação do PDT, foi secretária municipal de Fazenda e estadual de Minas e Energia. Em Brasília, antes de chegar à Presidência da República, foi ministra de Minas e Energia (2003-2005) e da Casa Civil (2005-2010).
Durante o regime militar, Dilma integrou organizações de esquerda, como o Comando de Libertação Nacional (Colina) e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). Passou quase três anos presa entre 1970 e 1972 e foi torturada nesse período por órgãos da repressão. Foi casada durante mais de 30 anos com o advogado Carlos Araújo, pai de sua única filha, Paula.
Além de enfatizar os avanços econômicos e sociais dos últimos 12 anos, o programa da coligaçãoestabelece o chamado Novo Ciclo de Mudanças, que inclui propostas de estímulo à competitividade produtiva. Para isso, deve-se reduzir a burocracia estatal, com a modernização de sistemas e criação de cadastros únicos que exijam menos documentos de empresas e empreendedores. Outra meta é universalizar o Simples Nacional e concluir o processo de implantação da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim).
Para melhorias na produtividade, a proposta prevê modernização do parque industrial brasileiro, melhoria no ambiente de negócios e maior capacitação das empresas com qualificação da mão de obra; simplificação tributária e manutenção e expansão de programas que exigem conteúdo local para fornecimento ao governo e estímulo ao conhecimento por meio da interação entre empresas, instituições de pesquisa e cientistas.
Na educação, o programa prevê, a partir de 2016, a universalização do ensino para todas as crianças a partir dos quatro anos de idade; ampliação da rede de educação integral para que atinja 20% da rede pública até 2018; criação do Pacto Nacional pela Melhoria do Ensino Médio e o oferecimento de 100 mil bolsas do Programa Ciência sem Fronteiras até 2018, além de mudanças curriculares e na gestão das escolas. A meta inclui a valorização dos professores e a criação de 12 milhões de vagas para cursos técnicos até 2015.
Na Saúde, a candidata propõe expandir o Programa Mais Médicos, aumentar o número de unidades de Pronto Atendimento (UPAs)  e universalizar a cobertura do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), atualmente está disponível para 73% da população.
O programa de Dilma prevê também a universalização do acesso à internet barata e de qualidade, o estímulo a parcerias público-privadas para obras de infraestrutura e mais 137 mil ligações de energia elétrica do Programa Luz para Todos até 2018.