quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Consciência Negra para que?


Por Maria Augusta Ribeiro do BELICOSA

Para diminuir a desigualdade racial brasileira, o governo irá aprovar o sistema de cotas para negros no funcionalismo público, como continuação do sistema já aprovado para estudantes, e assim comemorar o Dia da Consciência Negra.
A meta das cotas para negros no funcionalismo público pode também se estender para o setor privado, dando incentivos fiscais para empresas que contratarem mais negros, produtores negros e seus projetos culturais, e ainda favorecer cotistas negros com auxílio financeiro, e reservar bolsas em universidades estrangeiras  com programas patrocinados pelo Brasil.
 As medidas chegam num patamar quase ultrajante e divide opiniões, pois o Brasil se encontra num momento propício para o estímulo à educação e ao trabalho de forma justa, com belos exemplos como o Ministro Joaquim Barbosa, que não precisou de cotas para se tornar o melhor.
O sistema de cotas cria de certa forma uma discriminação racial em razão da multi miscigenação encontrada no Brasil. Assim brancos, índios e orientais poderiam também requerer seu direito de cota, e proporem medidas protecionistas como esta.
Já quem é a favor do projeto, sabe como mensurar, de forma justa, quem receberá ou não o benefício de cotas no funcionalismo? Com tanta variedade de tons de peles negras e pardas, que sistema irá escalonar quem tem ou não direito ao benefício?
Muitas perguntas e poucas respostas ainda norteiam um sistema infeliz que pode favorecer a discriminação de outras classes raciais, e que se mistura às celebrações do Dia da Consciência Negra, que foi criado para exaltar um mártir, Zumbi dos Palmares, e assim promover debates educacionais, e alavancar projetos culturais que estimulassem o país, e não para favorecer cabide de empregos.

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