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Os desfiles das escolas de samba atraem visitantes do mundo inteiro, encantados com o samba e as cores das fantasias. Poucos se questionam sobre a origem de tantas plumas e penas que adornam os corpos das musas dos desfiles. Segundo informações do site ANDA, as escolas ainda não abrem mão destes adereços, símbolos do carnaval.
Ao que parece, as alas comuns já usam penas e plumas artificiais. O problema está nas rainhas e madrinha de bateria, que precisam de fantasias mais luxuosas, glamorosas. Infelizmente, como elas saem na mídia, buscam os materiais mais nobres, de origem animal, como o faisão ou o avestruz. Os avestruzes, por exemplo, são mantidos em confinamento e vivem aproximadamente 40 anos, durante os quais têm uma retirada anual das plumas.
Geralmente, quando se toca no assunto da procedência das penas, os responsáveis pelos adereços luxuosos dizem que as penas caem naturalmente e são recolhidas durante todo o ano. Não é nada disso! Eles arrancam as penas com um método conhecido como “zíper” em que as aves são levantadas pelo pescoço, as pernas amarradas e então as suas penas são arrancadas manualmente e a seco. Este processo provoca dor, sofrimento e as deixa expostas ao sol e a infecções graves. A luta dos animais durante este processo chega a provocar fraturas. É muito triste que as penas destas aves sejam uma verdadeira “mina de ouro”: uma única pena de faisão, por exemplo, pode chegar a custar R$ 100.
Este processo começa quando os animais têm 10 semanas de idade e se repete em intervalos de quatro a seis semanas até a exaustão, quando as aves são mortas ou são alimentadas à força para a indústria de foie gras. A indústria considera que as penas arrancadas de aves vivas têm melhor qualidade, e o processo, mais econômico, uma vez que as aves podem ser depenadas inúmeras vezes antes de serem mortas.
Os maiores produtores de acessórios de penas são a Hungria, a China e a Polônia, e todas as três utilizam o processo de colheita em animais vivos. 80% da penugem e das penas do mundo vem da China (para variar!).
FONTE: Diário de Biologia
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