Dirceu sabia das vantagens indevidas e de onde vinha o dinheiro
“José Dirceu tinha conhecimento de todos os acordos para a
construção da base aliada”, resumiu Gurgel. “Dirceu sabia da cooptação
de políticos para a compra de base parlamentar de apoio ao governo,
sabia que essa base estava sendo formada a custa de vantagens indevidas e,
acima de tudo, sabia de onde vinha o dinheiro”, argumentou o
procurador-geral.
Ao afastar a suposta tese de que não haveria provas de que o ex-ministro
da Casa Civil coordenou o esquema de pagamento sistemático de
parlamentares, o procurador-geral defendeu o argumento de que o “autor”
também é o chefe da quadrilha que planeja as atividades criminosas,
mesmo sem as executar.
“O autor dos chamados crimes organizados agem a quatro paredes. O autor
intelectual quase sempre não fala ao telefone, não envia mensagens, não
assina documentos e não movimenta contas”, disse. “A prova que instrui
os autos dessa ação penal é contundente quanto à atuação de Dirceu como
líder do grupo”.
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