sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Quem era a massoterapeuta que viajava com Teori?

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Maria Clara Vieira Veja ... 


MAIRA PANAS NÃO SABIA QUE VOAVA COM UM MINISTRO DO STF. MOMENTOS ANTES DE EMBARCAR, ELA ENVIOU MENSAGEM PARA AMIGAS CHAMANDO-O DE “SENHOR MUITO CHIQUE”


Maira Panas, vítima do acidente aéreo que matou o ministro Teori Zavascki
Maira Panas, vítima do acidente aéreo que matou o ministro Teori Zavascki (Divulgação)

Quando embarcou no PR-SOM em Guarulhos ao lado do patrão e da mãe ontem, Maíra Lidiane Panas Helatczuk, de 23 anos, não tinha a menor ideia de quem era o quarto passageiro da aeronave que seguia para Angra dos Reis. Apenas descreveu o ministro Teori Zavascki aos amigos como um “senhor muito chique”, por meio de um grupo de Whatsapp.
Às 12h46, quinze minutos antes da decolagem, Maíra também fez sua última postagem em redes sociais, contando que acabara de ser assaltada. Foi justamente esse relato que chamou a atenção dos conhecidos, que imediatamente entraram em contato para saber que estava tudo bem. Depois da publicação, os seguidores da jovem nunca mais tiveram resposta. “Nós estávamos com tudo pronto para viajar para a Riviera de São Lourenço neste fim de semana, e ela cancelou na véspera dizendo que precisaria viajar a trabalho”, contou a VEJA Ieda Barreto, colega de faculdade da vítima.
Nascida em Juína, cidade no Mato Grosso que faz fronteira com Rondônia, Maíra se mudou para São Paulo há dois anos. Morava com o namorado na Vila Mariana e trabalhava como massoterapeuta no SPA do Hotel Emiliano, localizado na rua Oscar Freire, no bairro dos Jardins. Segundo conhecidos, o emprego no hotel de Carlos Alberto Filgueiras foi o primeiro que ela conseguiu na capital paulista.
“Ouvi que ele frequentemente viajava com funcionárias do SPA porque sentia dores nas costas, mas não sei dizer se foi a primeira vez que a levou. Sei que ela via o patrão como um pai, e sempre dizia que ele a ajudou muito quando ela chegou em São Paulo”, disse Ieda.
Desde agosto do ano passado, Maíra cursava fisioterapia na unidade Paraíso da Universidade Paulista (Unip). Para complementar a renda, fabricava e vendia sucos detox na faculdade, dava aulas de balé para crianças no bairro da Mooca e era parte do elenco de dançarinas do ventre da casa de chá egípcia Khan El Kalili, onde se apresentou pela última vez no domingo.
No primeiro dia de aula, Maíra emocionou os seus colegas de sala, contando que, há dois anos, havia ganhado uma bolsa de estudos para dançar balé na Suíça, mas, já no aeroporto, quando se dirigia à pista de embarque, passou mal e desmaiou. A queda rendeu uma lesão no pé, que lhe obrigou a permanecer no Brasil. Segundo o seu relato, foram as inúmeras sessões de fisioterapia que a fizeram voltar a dançar e, por isso, ela havia decidido fazer o curso.
“Todo mundo chorou quando ela contou essa história. Ela era uma pessoa que irradiava muita alegria quando chegava. Era incapaz de ficar com mal humor”, disse Luciana Souza Cruz, colega de faculdade de Maíra.
No último sábado, Maíra, Ieda e outros amigos comemoraram em casa o aniversário de 53 anos de Maria Hilda – que viera do Mato Grosso especialmente para passar a data ao lado da filha. “Maíra nos disse que viajaria na quinta e voltaria na segunda, e estava muito feliz por poder levar a mãe. Ela vai fazer falta. Era uma pessoa honesta, que trabalhava muito”.
transcrito do: http://rota2014.blogspot.nl/2017/01/quem-era-massoterapeuta-que-viajava-com.html

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