sexta-feira, 13 de novembro de 2015

PRECONCEITO, DISCRIMINAÇÃO E ESTIGMA

Pois,
Em 2006 eu havia descrito no falecido ORKUT a diferença entre preconceito, discriminação e estigma.
Vou tentar novamente.
O que é preconceito?
É uma reação adversa ao desconhecido.
Se sabemos que uma pessoa é aidética, e rejeitamos a sua aproximação, sabendo que a doença não é adquirida pelo contato social, é DISCRIMINAÇÃO. Se tememos o contato por desconhecer as formas de contágio da doença, é PRECONCEITO.
ESTIGMA É O FLAGELO QUE SE CARREGA POR FATORES ALHEIOS OU POR NOSSA INTEIRA VONTADE.
Ser negro ou branco é alheio às nossas vontades.
Ser Homo, analfabeto, criminoso, traficante é por nossas vontades e ou necessidades.
O Brasil passou a ser a terra do preconceito imbecil.
Racismo não é preconceito.
Racismo é discriminatório, o agente discriminador é conhecido, os prós e contras são conhecidos, não há desconhecimento prévio.
O criminoso sabe e é consciente do crime que pratica.
Na realidade os pré conceitos são ignorâncias, total faltas de saber, do desconhecido.
Partindo dessas três premissas povo aculturado é preconceituoso.
Partindo dos princípios constitucionais, eu tenho o direito de não gostar, de pessoas, de cores, de raças, de atitudes morais, éticas e sexuais.
Nesse mesmo princípio, eu não tenho o direito de ofendê-las, nem discriminá-las.
Abusando de princípios constitucionais, nós estamos sendo obrigados a aceitar o que não gostamos, porém as minorias que se acham discriminadas, não nos aceitam ser diferentes.
Essa é uma seara perigosa, para um governo democrático intrometer-se.
Bastaria o cumprimento estrito da constituição, sem alardes, sem recursos midiáticos e explorações jornalísticas.
Nesse caminho apologético, caminhamos para ser punidos simplesmente pelo fato de não gostar, não aderir e não comungar dos anseios e necessidades dos outros.
Liberdade para ser respeitada nunca é a nossa, e sim respeitar a liberdade dos outros.
Eu não gosto de galinha, não como, não suporto o cheiro dela crua, cozida ou assada.
Galinha fede viva, morta, crua, assada, contamina a geladeira com um odor insuportável.
Não vou a churrascarias rodízio, porque são assadas no conjunto com as outras carnes.
Não peço casquinha de siri, porque a maioria dos restaurantes mistura a carne de siri com galinha.
O dia que me encontrarem com uma galinha viva debaixo do braço é porque salvei a vida dela.
Do jeito que esse governo age, qualquer dia vão me processar por preconceito contra as galinhas.
Do jeito que a inflação nos consome, vão obrigar-me a comê-las.
Se sobrarem os ovos me contento.
Afinal não existe preconceito contra arroz, feijão e ovo, saborosa comida do povo.
Os adeptos do candomblé que se cuidem, vão ser processados pelas galinhas brancas por racismo.

Um comentário:

  1. Estas ocorrências poderão ser menos frequentes se procurarmos suas origens como vemos nas pesquisas abaixo:
    http://saudepublicada.sul21.com.br/2015/08/31/religiao-e-laicidade-discriminacao-e-violencia/

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