domingo, 26 de setembro de 2010

Que vergonha! Esquema criminoso no Tocantins com apoio de LULA/DILMA

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/vao-botar-para-f-vao-fazer-o-estado-inteiro-vao-fazer-r-1-bilhao-o-que-e-isso-leitor-e-uma-conversa-no-tocantins-mp-diz-que-governador-integra-organizacao-criminosa/

24/09/2010

às 6:49

“Vão botar para f… Vão fazer o Estado inteiro, vão fazer R$ 1 bilhão”. O que é isso, leitor? É uma conversa no Tocantins. MP diz que governador integra organização criminosa

Por Fausto Macedo e Bruno Tavares, no Estadão:
Documento reservado mostra em 428 páginas e 300 interceptações telefônicas os bastidores de suposto esquema bilionário de fraudes em licitações e aponta o governador do Tocantins, Carlos Amorim Gaguim (PMDB), e o procurador-geral do Estado, Haroldo Rastoldo, como integrantes de organização criminosa.

A partir do monitoramento de empresários e lobistas, Gaguim e seu procurador caíram involuntariamente na escuta autorizada pela Justiça. O governador nega enfaticamente a prática de irregularidades em sua gestão e atribui as denúncias a “adversários políticos”.

Em busca da reeleição ao Palácio Araguaia, pela coligação Força do Povo, Gaguim conta com apoio declarado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da candidata à Presidência pelo PT, Dilma Rousseff. Ambos têm participado em Palmas de agendas de campanha ao lado do peemedebista que espalhou banners por quase todo o Tocantins em que aparece com Lula e Dilma. O presidente e a ex-ministra são citados por alvos da investigação em diálogos gravados pela Polícia Federal em atuação conjunta com o Ministério Público Estadual de São Paulo.

O relatório, à página 266, faz referência a um novo contrato que o grupo teria fechado com Gaguim para admissão de 3 mil funcionários por secretarias de Estado sem concurso público. “Manduca explica sobre um encontro que se realizaria em Palmas onde se fariam presentes o presidente Lula e a então ministra Dilma Rousseff”, diz o texto.

Na mesma página, o relatório transcreve escuta de 14 de março, às 10h12, entre Manduca e o empresário José Carlos Cepera. O lobista conta que “Lula está indo para Palmas lá na fazenda dele (Gaguim)”. “Eu vou ficar três dias lá com o Lula e ele (Gaguim)”, diz Manduca. “Vão ficar lá dois secretários dele, ele (Gaguim), eu, a Dilma e o Lula. Vão pescar tucunaré lá na chácara.” Cepera o parabeniza. Presos há uma semana, Manduca e Cepera são amigos de Gaguim.

Em outro diálogo, no dia 26 de março, às 14h38, Cepera e Manduca falam de um encontro de Gaguim com Lula na Bahia. “O homem (governador) está em Itabuna, Bahia, com o presidente Lula e acabou de relatar ao presidente que a empresa de um oriundo de Tocantins que vive em São Paulo há 30 anos é a solução para os problemas do Estado”, disse o lobista.

No dia anterior, às 19h07, Manduca relata a interlocutor não identificado planos ambiciosos com suposta participação de Gaguim. O lobista narra que o governador o chamou de amigo e teria prometido que juntos “vão botar para f… vão fazer o Estado inteiro, vão fazer R$ 1 bilhão”.

Foro privilegiado.
“Os diálogos e e-mails deixam claro que a vitória da empresa de Cepera e contratações subsequentes são decorrência de novas fraudes realizadas pela organização com participação direta de agentes políticos e servidores públicos do alto escalão do Estado do Tocantins, dentre eles o próprio governador Gaguim e o procurador geral do Estado”, afirma o relatório, página 246.

Os grampos mostram os movimentos do grupo até no Supremo Tribunal Federal (STF) e a trama secreta para fechar contrato com a Secretaria de Educação e Cultura do Tocantins, em dezembro de 2009, no valor de R$ 13,8 milhões com a O.O. Lima Empresa Limpadora Ltda - carro-chefe de Cepera. Aqui

Por Reinaldo Azevedo

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